O plano de recuperação judicial da Americanas (AMER3) foi homologado pela 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, após ter sido aprovado em Assembleia Geral de Credores em 19 de dezembro de 2023.
“A Americanas, de acordo com o PRJ [Plano de Recuperação Judicial] aprovado e homologado judicialmente, divulgará comunicados aos credores e ao mercado a respeito dos prazos a serem iniciados com a publicação da decisão judicial que homologou o PRJ”, destacou a companhia em comunicado.
A verejista ainda ressaltou que manterá seus acionistas e o mercado em geral informados sobre o desenvolvimento do plano. A dívida da Americanas a ser reestruturada é de R$ 50 bilhões.
No início do ano passado, a Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial logo após divulgar um déficit contábil de R$ 20 bilhões, marcando um dos maiores escândalos corporativos da história do Brasil.
Durante o pregão desta segunda-feira (26), a negociação das ações da AMER3 foi suspensa às 12h14 (horário de Brasília), devido à iminência de um fato relevante. Além disso, a Americanas divulgou seu desempenho nos nove primeiros meses de 2023, registrando um prejuízo acumulado de R$ 4,6 bilhões.
Americanas (AMER3) tem prejuízo de R$ 4,6 bi em 2023
A Americanas (AMER3), que está em processo de recuperação judicial, divulgou ao mercado, nesta segunda-feira (26), que teve um prejuízo líquido de R$ 4,61 bilhões nos nove primeiros meses de 2023. Isso indica uma redução de 23,5% em comparação com o prejuízo líquido de R$ 6,02 bilhões registrados nos nove primeiros meses de 2022.
No terceiro trimestre de 2023 (3T23), a varejista registrou um prejuízo de R$ 1,621 bilhão, uma redução de 17,8% em comparação com a perda de R$ 1,972 bilhão no mesmo período do ano anterior. Vale destacar que esse número já foi ajustado em relação aos R$ 212 milhões de prejuízo originalmente divulgados pela Americanas.
A receita líquida totalizou R$ 10,2 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, refletindo uma queda de 45% em relação aos R$ 18,7 bilhões registrados no mesmo período de 2022. No terceiro trimestre, a receita líquida foi de R$ 3,261 bilhões, apresentando uma redução de 39,2% em comparação com o mesmo período de 2022.
O volume bruto de mercadorias (GMV) totalizou R$ 16,0 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, marcando uma queda de 51,1% em comparação com o mesmo período de 2022. O resultado financeiro líquido foi de R$ 2,186 bilhões negativos nos nove primeiros meses de 2023, representando uma redução de 45,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior.