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Americanas (AMER3): Kroll nega estar impedida de fazer perícia

Anális faz parte de uma ação de produção antecipada de provas, movida pelo Bradesco

A empresa de consultoria Kroll protocolou na Justiça, na quarta-feira (20), um documento contestando a alegação da Americanas (AMER3), segundo a qual ela estaria impedida de realizar a perícia nos e-mails da cúpula da varejista. A análise das mensagens eletrônicas faz parte de uma ação de produção antecipada de provas, movida pelo Bradesco (BBDC4), por meio do escritório Warde Advogados. As informações são do portal Metrópoles, parecido do BP Money.

No dia 13 de setembro, a Americanas havia solicitado à 2ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo, onde corre o processo, a suspensão da perícia. A varejista alegou que a Kroll mantinha uma parceria com o escritório Warde em outro caso, envolvendo a empresa de e-commerce Kabum, que mantém uma disputa judicial com o Magazine Luiza e o Itaú BBA.

No documento, enviado à mesma 2ª Vara, A Kroll afirma que “não tem e nunca teve qualquer tipo de parceria ou relacionamento com os patronos do Bradesco, o escritório Warde Advogados, para atuação em qualquer aspecto do litígio envolvendo os fundadores do Kabum e terceiras empresas”. Acrescenta que “não atuou em conjunto ou foi contratada” pelo escritório de advocacia “em relação a qualquer outro cliente ou caso”.

O texto ressalta que “para os fins do presente incidente, o que importa esclarecer é que a contratação da Kroll para a realização da investigação acima mencionada [caso Kabum] se deu sem qualquer ingerência de Warde Advogados, que, da mesma forma, além de não ter tido qualquer participação na execução dos trabalhos, jamais foi copiado em qualquer e-mail ou compareceu a qualquer reunião de que a Kroll tenha participado ou tido conhecimento”.

No dia 15, o Bradesco, por meio de seus representantes legais, já havia contestado o pedido da varejista de suspensão da perícia. O banco acusou a companhia de tomar medidas “desesperadas” com o intuito de atrapalhar as investigações sobre o escândalo contábil bilionário, estimado em cerca de R$ 20 bilhões, que veio à tona no início deste ano.

Americanas promove mais 342 demissões e fecha 4 lojas

A Americanas, nesta quarta-feira (20), emitiu comunicado informando os números do seu relatório semanal entre os dias 11 a 17 de setembro.

No período, a companhia informou que promoveu o desligamento de 342 funcionários e a admissão de outros 329. Segundo a empresa, 169 pessoas solicitaram a demissão. A varejista afirma que o número absoluto de desligamentos permanece em linha com os períodos anteriores à decretação da recuperação judicial. Atualmente a Americanas conta com um número total de 34.369 colaboradores sob o regime CLTs

Na semana passada a empresa computou o fechamento de mais quatro lojas. Ao todo, 1.785 estabelecimentos estão com atividades mantidas em todo o Brasil.

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