A Americanas (AMER3) não efetuou o pagamento da primeira parcela da multa referente à rescisão do contrato de locação do módulo M1 do Galpão Hortolândia II, no interior de São Paulo, que pertence ao FII RBR Log (RBRL11).
Em comunicado ao mercado, o FII RBRL11 revelou que ainda não recebeu o pagamento previsto para junho de 2023. Naquele mês, a carteira confirmou o fim do contrato com a Americanas, que possui mais de R$ 40 bilhões em dívidas.
Com a crise enfrentada pela varejista, ambas as partes acertaram que a Americana teria de arcar com as penalidades previstas no contrato.
“No âmbito de tal rescisão, foi ajustado o pagamento parcelado do valor de R$ 2,093 milhões referente à multa por rescisão antecipada e às demais penalidades previstas”, disse o fato relevante divulgado na época.
O fundo imobiliário afirma que está mantendo com a Americanas entendimentos constantes visando a regularização da pendência e da manutenção do pagamento integral da multa rescisória ao longo de 2023.
O Galpão Hortolândia II possui uma área bruta locável (ABL) de 43 mil metros quadrados e já foi 100% ocupado após a saída da Americanas.
Americanas (AMER3): CPI ouve auditores independentes e ex-diretores
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que apura possível fraude contábil na Americanas (AMER3) ouve nesta terça-feira (1º) a sócia de auditoria da KPMG no Brasil, Carla Bellangero, e a líder de auditoria da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes Ltda, Fábio Cajazeira Mendes. Também serão ouvidos o ex-diretor Executivo da Americanas S. A. Miguel Gutierrez e o ex-diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Americanas S. A. Fábio da Silva Abrate. As informações são da “Agência Câmara”.
A companhia pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões. As oitivas foram requeridas pelos deputados Domingos Neto (PSD-CE) e Carlos Chiodini (MDB-SC).
Para Domingos Neto, que pediu para ouvir os auditores independentes, não se pode ignorar o papel das empresas de auditoria independente que, ao longo dos anos, atestaram a correção dos balanços da empresa, mesmo com registros equivocados e que levaram às perdas.
“É importante a presença de representantes das empresas de auditoria KPMG e PwC para esclarecer o posicionamento da auditoria independente com relação às demonstrações contábeis da Americanas e sua responsabilidade para que elas fossem aprovadas sem que refletissem adequadamente a situação da empresa”, afirmou.
Para Carlos Chiodini, é importante também que sejam ouvidos diretores e ex-diretores da Americanas para o esclarecimento dos fatos ocorridos e para o bom andamento dos trabalhos da CPI.