A Americanas (AMER3) comunicou ao mercado, na tarde desta quarta-feira (9), que foi realizado o pagamento do saldo devido ao fundo imobiliário RBR Log (RBRL11), que tinha em seu portfólio um galpão que era alugado pela varejista.
Em resumo, o fundo imobiliário e a Americanas, que se encontram em processo recuperação judicial, formalizaram no mês passado o fim da locação do Galpão Hortolândia II.
No entanto, nesse contexto, os termos acertados previam uma multa por rescisão antecipada que foi calculada em R$ 2,09 milhões e deveria ser paga pela varejista.
Além disso, o contrato compreende outras penalidades que representam um impacto positivo nas receitas do RBRL11 ao longo do ano.
Apesar disso, de acordo com um comunicado do começo do mês, a Americanas não havia depositado a parcela de julho e já não é a primeira vez que a empresa atrasa pagamentos a fundos imobiliários.
Desse modo, a BRL Trust, administradora do fundo, destacou no comunicado que “a gestora e a Americanas reafirmaram o compromisso para que os futuros pagamentos ocorram nas respectivas datas pactuadas para tanto”.
Nova locatária
Vale destacar que, apesar do inconveniente com a Americanas, o fundo imobiliário já encontrou uma nova locatária para substituir a varejista. Sendo assim, o ativo é ocupado por uma empresa de logística desde junho e o prazo do contrato é de 60 meses.
Entretanto, o RBRL11 não foi o único FII penalizado pela falência da Americanas. Uma vez que, a blindagem das dívidas da varejista já afetava fundos imobiliários de renda urbana e logística, além dos relacionados a shoppings.
A Americanas, em suma, entrou com pedido de recuperação judicial em 19 de janeiro após serem encontradas “inconsistências contábeis” bilionárias no balanço da varejista. Por decisão da Justiça, a empresa teve suas dívidas suspensas. Com base nos cálculos da época, a varajista devia R$ 11,6 milhões aos shoppings espalhados por diversas regiões do Brasil.