A Americanas (AMER3) pediu nesta quarta-feira (25) nos EUA uma extensão dos efeitos de proteção assegurados em seu processo de recuperação judicial no Brasil, processo conhecido como “Chapter 15”, segundo documento judicial. O movimento tenta estender para os ativos nos EUA os efeitos protetivos do processo de recuperação judicial aprovado no Brasil.
“Os diretores aprovaram, por unanimidade, a apresentação do pedido de recuperação judicial da Companhia nos Estados Unidos da América (Chapter 15), estendendo os efeitos –incluindo também a proteção oferecida– da recuperação judicial da Companhia e das suas subsidiárias… perante a 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro…, conforme aplicável, aos Estados Unidos da América”, escreveu a Americanas.
A companhia informou que o documento não representa um pedido de recuperação judicial naquele país.
“A Americanas informa que pediu extensão aos Estados Unidos dos efeitos de proteção (notadamente a suspensão de pagamentos a credores) assegurados em seu processo de recuperação judicial no Brasil, o que é chamado de Chapter 15. A companhia reitera que não entrou com pedido de recuperação naquele país”, revelou a empresa em nota.
Americanas (AMER3) vence bancos na Justiça
Americanas (AMER3) conseguiu nesta semana uma vitória importante na Justiça contra o Banco Votorantim e o Banco Safra. O juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 4ª Vara Empresarial da Capital do Rio de Janeiro, atendeu ao pedido do varejista e determinou o bloqueio dos valores do Grupo Americanas retidos pelo Banco Votorantim, no valor de R$ 200 milhões, e pelo Banco Safra, de R$ 95 milhões.
Na visão do magistrado, o montante retido pelas duas instituições financeiras poderia colocar em risco o processo de recuperação da Americanas.
“Há de se destacar que o comportamento das referidas instituições financeiras prejudica a formação e manutenção do capital de giro do grupo econômico em processo de recuperação”, afirmou Alves.
Americanas (AMER3) reverte bloqueio de R$ 1,2 bi feito pelo BTG
A Americanas (AMER3) conseguiu na noite de terça-feira (24) uma vitória importante na Justiça contra o BTG Pactual (BPAC11). O desembargador Flávio Marcelo de Azevedo Horta Fernandes suspendeu o bloqueio de R$ 1,2 bilhão em recursos da varejista que estavam em poder do banco.
De acordo com o magistrado, com a aceitação do pedido de recuperação judicial da Americanas, não faz mais sentido que o BTG retenha os recursos.
Fernandes disse que os recursos só poderão ser utilizados para a atividade fim e sob direta gestão dos administradores judiciais da varejista. “Deverá o administrador judicial comprovar ao juízo a utilização dos recursos com destinação exclusiva ao fluxo de caixa da atividade empresarial, sob pena de responsabilidade criminal”, escreveu o magistrado. Fernandes ainda afirmou que levou em consideração o deferimento do processo de recuperação judicial da Americanas, em 19 de janeiro.