Rombo de R$ 25 bi

Americanas (AMER3): PF indica 41 suspeitos em investigação de fraude

Miguel Gutierrez, ex-CEO, e Anna Saicali, ex-presidente da B2W da Americanas, estão entre os principais indicados pela PF

Americanas (AMER3) / Foto: Divulgação
Americanas (AMER3) / Foto: Divulgação

A PF (Polícia Federal) indicou, nesta segunda-feira, cerca de 41 suspeitos de terem participado da fraude bilionária que levou a Americanas (AMER3) a entrar com um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do Brasil em 2023, de acordo com apuração da “Reuters”.

Se concordarem em cooperar com a investigação, os suspeitos poderão assinar acordos de “não persecução”, conforme os documentos.

Porém, para que isso aconteça, eles precisam admitir ter feito parte do esquema que levou a um rombo contábil de mais de R$ 25 bilhões na Americanas.

A PF dividiu cerca de 8 grupos para as pessoas nomeadas, conforme o setor de atuação no esquema.

Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, está entre os principais implicados, bem como a ex-presidente da B2W, unidade de varejo digital da empresa, Anna Saicali. Ambos já haviam sido citados anteriormente pela polícia.

Ex-funcionários e executivos de diversos departamentos da varejistas – considerando contabilidade, relações com investidores e tecnologia da informação – foram outros citados, apontam os documentos, segundo o veículo de notícias.

Iguatemi SP entra com ação de despejo contra Americanas (AMER3)

Uma ação de despejo contra a Americanas (AMER3) foi iniciada pelo shopping center Iguatemi São Paulo, na capital paulista, por atraso no pagamento de aluguel de uma loja da varejista no empreendimento. A unidade da loja segue em operação e a ação foi estipulada no valor de R$ 2,98 milhões, de acordo com apuração do “Valor”.

Apesar de ser um dos contratos de locação mais antigos no Iguatemi, datado de 1981, o mercado considera que, se o processo avançar, será uma vitória para o shopping. O empreendimento tenta há anos retomar o ponto da Lojas Americanas, sem sucesso, segundo fonte.

O despejo seria para uso próprio do empreendimento “por falta de pagamento e acumulado [com pedido] de cobrança”, conforme informado na ação.

A dívida, no entanto, seria antiga, de mais de um ano e meio atrás, que entrou no processo de recuperação judicial que a Americanas enfrenta, e este seria o foco da ação, de acordo com o veículo. Mas esse pagamento tem que seguir o plano de recuperação.

“Aquela área da Americanas vale mais que ouro para eles, e o Iguatemi sempre quis de volta”, diz uma pessoa a par do assunto.

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