Repercussão negativa

Americanas (AMER3): prejuízo bilionário reduz valor da ação a centavos 

A varejistas, enfrenta uma das maiores recuperações judiciais da história do Brasil, reportou um prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão no 1TRI24

Americanas (AMER3) / Foto: Divulgação
Americanas (AMER3) / Foto: Divulgação

Na sessão desta quinta-feira 915), as ações da Americanas (AMER3) fecharam com queda de 57,57%, cotadas a R$ 0,14. A razão da debandada de investidores foi o resultado que mostrou um prejuízo bilionário nas contas, além do cancelamento de projeções. As ações.

A varejistas, que enfrenta atualmente uma das maiores recuperações judiciais da história do Brasil, reportou um prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre deste ano (1TRI24).

Apesar de negativo, o número representa uma redução ante o desempenho também negativo de R$ 3,2 bilhões registrado um ano antes.

A Americanas também anunciou, em fato relevante no final da noite de quarta-feira (14), a decisão de cancelar previsões de desempenho publicadas no final de 2023.

O motivo, segundo a varejistas, seria apenas a necessidade da empresa de “reavaliar a expectativa de desempenho futuro em razão da divulgação dos resultados”.

A Americanas estimava ter um lucro operacional medido pelo Ebtida maior que R$ 2,2 bilhões em 2025, com uma dívida bruta de entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão e alavancagem abaixo de 0,75 vez, conforme as projeções divulgadas em novembro de 2023.

Na linha do Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – a empresa encerrou o primeiro semestre de 2024 com R$ 1,3 bilhão positivo, revertendo resultado negativo de R$ 1,185 bilhão de um ano antes.

Americanas (AMER3) tem prejuízo de R$ 2,3 bilhões em 2023

Lojas Americanas (AMER3) reportou um prejuízo de R$ 2,272 bilhões em 2023, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (14).

O ano foi marcado pela descoberta de uma fraude contábil que gerou um rombo superior a R$ 25 bilhões, forçando a varejista a entrar em recuperação judicial.

Os dados revelam uma sequência de prejuízos contínuos na empresa. No primeiro semestre de 2024, a companhia registrou uma perda de R$ 1,412 bilhão, em comparação aos R$ 3,203 bilhões no mesmo período do ano anterior.

O prejuízo de 2022 também foi revisado, passando de R$ 12,9 bilhões para R$ 13,2 bilhões.