A Americanas (AMER3) anunciou nesta quinta-feira (10) seu balanço do terceiro trimestre. A companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 212 milhões entre julho e setembro, revertendo lucro líquido de R$ 240,6 milhões visto no mesmo período do ano passado.
A receita líquida somada no terceiro trimestre foi de R$ 5,435 bilhões, queda de 13,4% em relação ao mesmo período de 2021.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado foi de R$ 582 milhões entre julho e setembro, queda anual de 21,6%.
“A performance do 3T22 foi impactada pela forte desaceleração das categorias de alto ticket, como eletrônicos, aliada à decisão da companhia de ser menos agressiva comercialmente para preservar a margem bruta em um cenário de baixa demanda e alta competição”, afirmou a empresa em comunicado.
Nesta quinta-feira, as ações das Americanas despencaram 9,00%, cotadas a R$ 12,64.
Americanas (AMER3): JPMorgan recomenda venda com alavancagem a 6x
O banco norte-americano JP Morgan rebaixou a Americanas (AMER3) para venda, citando alavancagem que se aproxima de 6x Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), além de perspectiva de prejuízo para 2023. Sobre o preço-alvo, o JP revisou para R$ 12,50 por ação da companhia.
“Apesar de vermos potencial para melhorias nas tendências operacionais — projetamos uma margem Ebitda de longo prazo de 18% — a alta alavancagem financeira vai consumir o fluxo de caixa livre do acionistas até 2026 e permitir o breakeven do lucro líquido apenas em 2024,” escreveram os analistas do banco norte-americano. Dois anos atrás, a alavancagem pro forma da Americanas era de 1,5x.
Segundo Joseph Giordano, Nicolas Larrain e Guilherme Vilela, que assinam relatório do JP Morgan, as altas despesas financeiras das Americanas vão impactar o resultado mesmo com a taxa de juros começando a cair, já que a companhia precisará reforçar seu capital de giro com a antecipação de recebíveis.