Americanas (AMER3) puxa queda das varejistas

Americanas iniciou o dia em leilão, mas crise faz com que Magazine Luiza e Via desabem

Após a descoberta de inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões no balanço da Americanas (AMER3), as ações de companhias varejistas refletiam o cenário negativo e desabavam, se tornando o foco da sessão nesta quinta-feira (12). 

Por volta das 12h (horário de Brasília), os papéis da Magazine Luiza (MGLU3) recuavam 9,24%, a R$ 2,75. A Via Varejo (VIIA3) perdia 10,77%, a R$ 2,32. A fabricante de bebidas Ambev (ABEV3) tinha queda de 2,59%, a R$ 13,92.

Os papéis da Americanas (AMER3) iniciaram o dia em leilão, que foi prorrogado, inicialmente, até às 13h desta quinta. Na quarta-feira (11), as ações da varejista fecharam a R$ 12.

Gestão da Americanas encontrou rombo de R$ 20 bi em balanço

A Americanas anunciou na quarta-feira (11) que Sergio Rial renunciou à presidência. Além disso, a varejista revelou que André Covre, Diretor de Relações com Investidores, também pediu desligamento. Em fato relevante, a companhia informou que a atual gestão encontrou “inconsistências em lançamentos contábeis” em anos anteriores, incluindo o exercício de 2022, da ordem de R$ 20 bilhões.

“Neste momento, não é possível determinar todos os impactos de tais inconsistências na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia”, afirmou o documento.

“As estimativas acima estão sujeitas a confirmações e ajustes decorrentes da conclusão de trabalhos de apuração e dos trabalhos a serem realizados pelos auditores independentes, após o que será possível determinar adequadamente todos os impactos que tais inconsistências terão nas demonstrações financeiras da companhia”, continuou.

O Conselho de Administração decidiu ainda criar um comitê independente para apurar as circunstâncias que ocasionaram as referidas inconsistências contábeis, que terá os poderes necessários para a condução de seus trabalhos.

A Americanas nomeou interinamente para Diretor-Presidente e Diretor de Relações com Investidores João Guerra, “executivo com ampla trajetória na companhia nas áreas de tecnologia e recursos humanos, e não envolvido anteriormente na gestão contábil ou financeira”, escreveu a empresa.