Americanas (AMER3): RJ deve ser a 4ª maior da história

Apenas as recuperações judiciais da Odebrecht, Oi e Samarco seriam maiores que a da Americanas

A recuperação judicial da Americanas (AMER3) deve ser a 4ª maior da história brasileira, segundo levantamento dos escritórios de advocacia Lara Martins Advogados e Mingrone e Brandariz, especializado em recuperação judicial.

De acordo com o estudo, a varejista só fica atrás da Odebrecht (R$ 80 bilhões), Oi (R$ 65 bilhões) e Samarco (R$ 55 bilhões). Depois da Americanas (R$ 40 bilhões), aparecem na lista Sete Brasil (R$ 19 bilhões) e OGX (R$ 12,3 bilhões).

A recuperação judicial da Oi (OIBR3), concluída em 14 de dezembro de 2022, é considerada a maior do País, com exceção das recuperações envolvendo empresas denunciadas na operação Lava Jato da Polícia Federal (Odebrecht, Sete Brasil e OGX).

A Samarco, controlada pela Vale (VALE3) e pela BHP Billiton, é responsável pela maior tragédia ambiental do Brasil, em novembro de 2015, com o rompimento da barragem de Bento Rodrigues (MG).

Nesta quarta-feira (18), por volta das 14:50 (de Brasília), as ações da Americanas recuavam 4,74%, cotadas a R$ 1,81.

Americanas (AMER3): fornecedores começam a suspender entregas

Uma parcela dos fornecedores da Americanas (AMER3) suspendeu as entregas à varejista após a companhia revelar um rombo de R$ 20 bilhões. De acordo com o jornal “O Globo”, outra parte dos fornecedores está exigindo pagamento à vista para manter a entrega de mercadorias.

Na ausência de uma sinalização de aporte pelo trio da 3G Capital — Jorge Paulo Lemman, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, acionistas de referência da Americanas, muitas empresas resolveram parar de entregar mercadorias e esperar, segundo “O Globo”.

De acordo com “O Globo”, a Americanas estaria cada vez mais perto de um pedido de recuperação judicial, mesmo com a Americanas dizendo estar empenhada em negociar com seus credores um acordo satisfatório para todos.

Americanas (AMER3): BTG entra com mandado de segurança

O BTG Pactual (BPAC11) entrou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra a Americanas (AMER3), numa terceira tentativa de derrubar a decisão cautelar que suspendeu a cobrança de dívidas da varejista por 30 dias. As informações são do jornal “Valor Econômico”.

O banco tem uma posição total de R$ 3,1 bilhões junto à companhia de varejo, sendo R$ 1,2 bilhão de operações e R$ 1,9 bilhão de contratos com risco de crédito.

De acordo com o “Valor”, o procedimento arbitral foi aberto porque está previsto em contratos com a Americanas que essa é a instância para discutir as operações em que há mecanismo de compensação. O BTG afirma que pode reter recursos de contas da varejista para garantir o pagamento de dívidas.

Em paralelo, a movimentação na Justiça do BTG tem o objetivo de deixar pacificado que a arbitragem é o foro para esse assunto e para contestar o fato da decisão que protegeu a Americanas da cobrança ter sido proferida um dia depois de o banco ter solicitado à empresa a contestação.

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