Carlos Sicupira, um dos principais acionistas da Americanas (AMER3), assumiu as negociações com os bancos credores. O membro do conselho da varejista está conversando com cada instituição financeira separadamente, e os bancos estão avaliando as negociações como positivas. As informações são da “Bloomberg”.
Até o momento, nenhuma proposta concreta para apaziguar os credores foi feita, segundo a “Bloomberg”. Os credores querem uma injeção de capital combinada de pelo menos R$ 15 bilhões, enquanto o trio de acionistas de referência da Americanas, formado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, não ofereceram mais de R$ 6 bilhões.
Nesta segunda-feira (06), por volta das 17:25 (de Brasília), as ações da Americanas avançavam 5,52%, cotadas a R$ 1,72.
Americanas (AMER3): trio de acionistas pretende emprestar R$ 1 bi
O trio de acionistas de referência da Americanas (AMER3), Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, pretende emprestar R$ 1 bilhão para a varejista. O objetivo do trio é fazer com que a companhia possa usar o montante como capital de giro para manter em funcionamento sua operação, incluindo o pagamento a fornecedores. As informações são do blog do Lauro Jardim, do “O Globo”.
De acordo com o jornalista, os empresários darão entrada ainda nesta segunda-feira (06) na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro com uma proposta de “financiamento DIP”, um mecanismo de empréstimo permitido às empresas em recuperação judicial.
Na semana passada, em fato relevante, a Americanas já anunciou essa intenção. Desde então, se especulou que fundos de investimentos e bancos poderiam também se engajar neste modelo de financiamento.
Americanas (AMER3) inicia onda de demissões após crise
Após descobrir um rombo bilionário e entrar em recuperação judicial, a Americanas (AMER3) prometeu a sindicatos que não vai promover demissão em massa ou fechamento de lojas até 19 de março, período em que se encerra o prazo para apresentar o plano de reestruturação da empresa ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro).
No entanto, já foram feitas algumas demissões pontuais no Rio de Janeiro, onde fica a sede da empresa, com foco em funcionários indiretos – como terceirizados – que foram previamente comunicados aos sindicatos.
Além disso, cortes da Americanas foram feitos em Porto Alegre (RS), e há expectativa de que comecem a ser feitos em breve em São Paulo, onde está fica o maior número de lojas e CDs (centros de distribuição) da empresa.