Americanas (AMER3) estuda venda de ativos, diz jornal

Entre os negócios avaliados pela Americanas estão Natural da Terra e a sua fatia na Vem Conveniência

A Americanas (AMER3) começou a estruturar um plano de venda de ativos. Pressionada para levantar capital em meio a um rombo bilionário, a varejista já tem nomes que inicialmente irão para a mesa de negociação. Entre os negócios avaliados estão a Natural da Terra e a sua fatia na Vem Conveniência, uma joint venture com a Vibra. As informações são do jornal “Valor Econômico”. 

De acordo com o “Valor”, a Americanas acredita que a sua parte na Vem vale cerca de R$ 1 bilhão.

O ex-presidente da empresa, Sérgio Rial, conduziu na sexta-feira (13) uma reunião com os times da área de crédito dos bancos credores da companhia e ouviu deles que a venda de ativos seria um movimento obrigatório para a recuperação da Americanas.

Americanas (AMER3): dívida com bancos soma R$ 18,5 bilhões

A dívida da Americanas (AMER3) com bancos soma R$ 18,5 bilhões, sendo R$ 13,6 bilhões apenas com risco sacado. Santander (SANB11), Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) são os maiores credores, com R$ 3,7 bilhões, R$ 3,4 bilhões e R$ 4,7 bilhões, respectivamente. As informações são do jornal “Valor Econômico”.

Na quarta-feira (12), a Americanas anunciou ter encontrado “inconsistências contábeis” da ordem de R$ 20 bilhões. O rombo fez com que o diretor-presidente da varejista, Sérgio Rial, renunciasse.

Rial, que agora assessora os acionistas de referência da companhia, discutiu na sexta-feira (13) a possibilidade de ampliar o prazo para pagamento das dívidas, mas nenhum acordo foi fechado. No entanto, no mesmo dia, surgiu a notícia de que a empresa conseguiu uma liminar na Justiça suspendendo qualquer cobrança de dívida por parte de bancos e outros credores, estimando o endividamento em R$ 40 bilhões.

Para garantir o prazo que a Americanas vem pedindo, os credores exigem que Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, acionistas de referência da companhia, injetem dinheiro em volume suficiente para garantir o equilíbrio de capital.