As ações da Americanas (AMER3) registraram uma forte alta de 24% no fim da manhã, sendo cotadas a R$ 0,62, apresentando a maior valorização do mercado nesta terça-feira (9).
O movimento ocorreu após a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovar a reestruturação societária da companhia.
O volume de negociação das ações da Americanas atingiu R$ 15,7 milhões, quase alcançando o total de R$ 15,9 milhões registrado na sessão de segunda-feira (8). Devido ao excesso na oscilação máxima permitida, os papéis da varejista em recuperação judicial entraram em leilão.
Americanas (AMER3): Cade aprova aumento de capital
A Americanas (AMER3) informou ao mercado, que a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou sem restrições a subscrição e integralização das novas ações ordinárias que serão emitidas pela companhia como parte do aumento do capital social.
A operação em questão envolve a aquisição de participação societária minoritária pelos bancos Bradesco, Santander, Itaú, Safra e BTG Pactual, além da compra de controle pelos acionistas principais associados a Jorge Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Conforme estabelecido pela lei, o prazo de 15 dias corridos para apresentação de questionamentos ao tribunal do Cade começará nesta terça-feira (9) e se encerrará em 23 de julho.
Caso não haja questionamentos, a decisão de aprovação da Superintendência-Geral do Cade se tornará definitiva.
XP teria avisado a CVM sobre negociações suspeitas da Americanas
A Operação Disclosure, conduzida pela Polícia Federal nesta quinta-feira (4), teve como alvo ex-diretores da Americanas acusados de insider trading e manipulação de mercado.
Os executivos já são acusados de uma fraude contábil de mais de R$ 25 bilhões na varejista.
A decisão judicial que autorizou os mandados, solicitada pelo MPF, esclarece a origem dos alertas à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que estão documentados em um inquérito aberto pela autarquia em janeiro de 2023.
A XP informou o regulador sobre movimentações suspeitas com as ações da Americanas e questionou a própria empresa sobre essas transações.
O Credit Suisse também comunicou sobre operações atípicas realizadas pela Clave Gestora de Recursos com os ativos da Americanas.
Além disso, a Itaú Corretora notificou a CVM sobre operações suspeitas realizadas por alguns diretores e ex-diretores da Americanas.