Americanas pede que empresas sejam impedidas de cortar luz

A Americanas pediu à Justiça que determine que a Light e Enel São Paulo não interrompam o serviço de energia elétrica

A Americanas (AMER3) pediu à Justiça nesta segunda-feira (30) que determine que as concessionárias Light e Enel São Paulo sejam impedidas de interromper o serviço de energia elétrica em qualquer estabelecimento do grupo varejista “para cobrança de créditos sujeitos à presente recuperação judicial”. 

No pedido de tutela de urgência, a varejista requer também que todas as prestadoras de serviços públicos e essenciais, inclusive as empresas de telecomunicações, “abstenham-se de interromper os serviços prestados ao Grupo Americanas”. A multa diária pedida pelos advogados da Americanas em caso de interrupção é de R$ 100 mil.

“Mesmo diante da imprescindibilidade dos serviços prestados pelas concessionárias e outros parceiros comerciais, após o deferimento da recuperação judicial, o Grupo Americanas foi notificado pela empresa Enel Distribuição São Paulo (“Enel”), que informou às recuperandas que os serviços de energia elétrica fornecidos aos estabelecimentos da marca Hortifruti seriam interrompidos a partir de 8.2.2023, tendo em vista o inadimplemento das faturas que estavam em aberto antes do ajuizamento do pedido de recuperação judicial. No mesmo sentido, também foram enviados 3 (três) avisos de corte pela empresa Light Serviços de Eletricidade S.A”, afirmou o texto protocolado na Justiça.

Nesta segunda-feira, as ações da Americanas avançaram 19,17%, cotadas a R$ 1,43. 

Americanas: sindicatos querem encontro com Ministério do Trabalho

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Em reunião com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), sindicatos propuseram um encontro entre a Americanas (AMER3) e a pasta, segundo informou o Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro. O objetivo é que a empresa preste esclarecimentos ao Ministério sobre as estratégias que está adotando para a preservação dos 44 mil empregos ligados à marca em todo o Brasil, de acordo com cálculos do sindicato.

Em nota sobre a reunião, que aconteceu nesta segunda-feira (30), Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio e também diretor da Central de Trabalhadoras e Trabalhadores Brasileiros (CTB), que participou do encontro, afirmou ser “fundamental” que a empresa explique quais medidas estaria a tomar “para evitar quaisquer tipos de prejuízos aos trabalhadores”. 

Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio e também diretor da Central de Trabalhadoras e Trabalhadores Brasileiros (CTB), participou do encontro, realizado em São Paulo. Em comunicado sobre a reunião de hoje, declarou ser “fundamental” que a empresa explique quais medidas estaria a tomar “para evitar quaisquer tipos de prejuízos aos trabalhadores”. “Estamos lutando por isso de todas as formas”, afirmou.

Em nota sobre o assunto, o sindicato informou que há um nível de adesão alto dos sindicatos ao protesto programado para ocorrer em frente à sede da Americanas no Rio, na próxima sexta-feira (03). “Já recebemos muitas mensagens de adesão ao ato que vamos realizar na sexta”, disse Ayer.