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Americanas (AMER3): suspeito de fraude, ex-CEO vive fora do País

Depois do escândalo, o executivo se mudou para a Espanha

O ex-CEO da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez, ficou famoso após a fraude fiscal de R$ 25 bilhões da varejista tomar os holofotes em janeiro de 2023. Depois do escândalo, o executivo se mudou para a Espanha, onde aguarda a conclusão das investigações.

Para o Bloomberg, Gutierrez negou qualquer irregularidade. Um repórter do veículo que bateu na porta de sua casa em Madri saiu sem resposta.

Em e-mail enviado à Bloomberg, os advogados de Gutierrez “negaram veementemente” que ele tenha participado de quaisquer atividades ilícitas enquanto trabalhava na Americanas e disseram que os atuais executivos estão usando documentos fora de contexto na tentativa de criar uma narrativa falsa para proteger o conselho de administração e os maiores acionistas.

Americanas: fundos de pensão perderam R$ 956 mi com varejista

Os fundos de pensão do País registraram uma perda de R$ 956 milhões devido à crise da Americanas (AMER3), iniciada em janeiro do ano passado. No entanto, uma considerável parcela desse montante pode ser recuperada ao longo dos próximos anos.

Com a implementação bem-sucedida do plano de recuperação judicial da empresa, aprovado pelos credores em dezembro do ano passado, estima-se que até 60% do valor perdido pode ser recuperado. Esse percentual representa uma cifra relativamente alta em comparação com outros processos dessa natureza.

A estimativa das perdas, no montante de R$ 956 milhões, é proveniente da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão do governo federal responsável pela supervisão dos fundos de pensão do País. Essa cifra corresponde à desvalorização dos títulos emitidos pela varejista Americanas. A empresa buscou proteção judicial após a divulgação de uma fraude contábil, posteriormente avaliada em mais de R$ 25 bilhões.

Os fundos de pensão enfrentarão o desafio de adotar uma perspectiva de longo prazo, uma vez que a recompra tem um prazo estendido até 2039 para ser integralmente quitada. Na conversão dos valores em ações, os credores deverão aguardar três anos para liquidar suas posições. Além disso, será necessário contar com uma valorização dos papéis acima dos R$ 1,30, preço estabelecido para cada um na capitalização, que totalizará R$ 24 bilhões.

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