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Analistas preveem valorização da Brava (BRAV3) com fim da 'poison pill'

As 10h34 (horário de Brasília) a ação da petrolífera subiam 5,55%, a R$ 19,98 na B3

Fonte: reprodução/ blogdofm
Fonte: reprodução/ blogdofm

Após o pedido do grupo YellowStone, acionista da Brava, para a retirada da “poison pill” de seu estatuto na noite de terça-feira (27), o mercado prevê uma valorização dos papeis da companhia . As 10h34 (horário de Brasília) a ação da petrolífera subiam 5,55%, a R$ 19,98 na B3.

A Xp investimentos provisiona alta com expectativa de fluxo de compra dos papéis. O grupo não prevê uma mudança significativa no quadro acionário da Brava. O fundo Yellow Stone é administrado pelo BTG Pactual e observa as operações da companhia de energia com cautela.

Para o Bradesco BBI, o movimento da Yellowstone sinaliza que o fundo não acredita em um modelo de corporação de capital aberto para a Brava.

“A reação do mercado a essa sinalização deverá ser observada nos próximos dias, refletida no comportamento do preço das ações”, ressaltam os analistas. “Já no curto prazo, a entrada de um comprador estratégico adquirindo ações dos atuais acionistas de referência poderia reduzir um eventual excesso de oferta no mercado, o que tende a ser interpretado como um fator positivo.”

A Genial investimentos pode facilitar a adoção de movimentos estratégicos urgentes, permitindo uma maior combinação societária e a entrada de investidores relevantes.

Contudo, a assessoria de investimento destaca que a retirada dessas proteções pode ser percebida como enfraquecimento das defesas dos minoritários, o que tende a elevar a percepção de risco de governança para alguns investidores. “O impacto será determinado pelo desfecho da votação e pela reação dos principais acionistas institucionais.”

Em abril, o jornal Valor Econômico apurou que a Ebrasil tem participação na operadora de plataformas do campo Papa-Terra da Brava. O grupo vendeu sua participação na usina termelétrica de Celse para a Eneva. No longo prazo, o risco associado à possível mudança dependerá da estratégia do comprador, afirma a instituição.

Brava (BRAV3): acionista pede exclusão de ‘poison pill’ do estatuto da empresa

A Brava Energia (BRAV3) comunicou ao mercado nesta terça-feira (27) que recebeu do acionista Yellowstone uma carta solicitando a exclusão de artigos do estatuto que tratam da obrigatoriedade de realização de OPA (oferta pública de aquisição de ações) em caso de aquisição de participação relevante.

O instrumento, conhecido como poison pill, tem como objetivo dificultar ou evitar ofertas hostis de compra da companhia.

Yellowstone Fundo de Investimento Financeiro em Ações detém 5,3% do capital social da Brava.