Setor educacional

Ânima (ANIM3): BTG reitera compra após troca de CEO

BTG vê a decisão como um avanço para fortalecer sua equipe e trazer novas perspectivas à agenda da companhia

Ânima Educação
Ânima Educação / Divulgação

A Ânima Educação (ANIM3) anunciou ao mercado, a saída de Marcelo Bueno do cargo de CEO, sendo que Paula Maria Harraca, membro do conselho de administração, foi indicada como sua substituta.

Harraca, a primeira mulher CEO na cobertura educacional do BTG Pactual, assume o cargo imediatamente, enquanto Bueno permanecerá na companhia até o final do ano para auxiliar na transição.

O BTG Pactual vê a decisão como um avanço para fortalecer sua equipe e trazer novas perspectivas à agenda da companhia.

No entanto, analistas apontam que a experiência de Harraca no ensino superior brasileiro é considerada relativamente curta, enquanto o setor enfrenta desafios significativos, incluindo regulamentações crescentes para ensino à distância (EaD) e mudanças recentes na regulamentação de cursos de medicina.

O banco elogiou os recentes avanços substanciais na margem operacional da Ânima Educação e seu bem-sucedido plano de redução da alavancagem, que ainda está em curso.

Contudo, analistas consideram que uma verdadeira reclassificação também dependeria de um crescimento adicional das receitas, que ainda não se materializou completamente.

O BTG Pactual mantém recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 7,00 em doze meses.

Morgan Stanley vê Anima (ANIM3) como uma das favoritas de educação

Para o Morgan Stanley, o momento não deve ser de recuperação para as ações do setor de educação. Em nova revisão do segmento, o banco prevê que os múltiplos seguirão baixos. No entanto, a Cruzeiro do Sul (CSED3) e a Anima (ANIM3) foram escolhidas como as preferidas do setor.

Além da incerteza sobre a sustentabilidade de demanda, a alavancagem persistente dos players aparecem como destaques no cenário, apontou o Morgan Stanley. 

O quesito regulação tem piorado, fazendo com que o ensino à distância fique mais arriscado, segundo a instituição. O Ministério da Educação e Cultura tem imposto mais regulação, no aguardo de uma própria, que, na perspectiva do banco, pode ser ainda menos favorável.