Um grupo de trabalhadores do grupo Caoa Chery se encontrou na última quarta-feira (18) em frente à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para protestar contra a demissão de 485 funcionários da empresa e o fechamento de uma fábrica da empresa em Jacareí (SP). A manifestação pressionou a empresa, que acabou por oferecer uma indenização adicional de até 15 salários de bônus aos trabalhadores.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região anunciou que a empresa concordou em realizar um programa de lay-off (suspensão temporária de contratos) por cinco meses, além de conceder mais três de estabilidade. Contudo, a companhia teria voltado atrás e mantido os cortes.
Em comunicado, a companhia informou que a suspensão dos contratos não foi foi aceita pois a legislação apenas estabelece essa medida quando há previsão de retomada da produção no curto prazo, o que não é o caso da Caoa Chery. De acordo com a companhia, a Caoa mantem a intenção de manter a unidade fechada até 2025. A fábrica está sendo preparada para produzir apenas modelos híbridos e elétricos.
Apenas os trabalhadores da área administrativa serão mantidos. A planta de Jacareí emprega 627 funcionários.
Caoa Chery vai oferecer indenização adicional aos funcionários demitidos
Para os que foram demitidos, a Caoa Chery irá oferecer uma indenização adicional a rescisão de 15 salários para quem tem mais de cinco anos de empresa, dez para quem tem de dois a cinco anos e sete para os funcionários com dois anos de contrato.
O teto salarial é de R$ 5 mil, quem tem mais de cinco anos de casa receberia adicional de R$ 75 mil.
A unidade foi inaugurada em 2015 e tem capacidade para produzir 50 mil veículos por ano em um turno, mas o máximo atingido foi de 14 mil unidades, no ano passado. No ínicio, a fábrica era apenas do grupo chines Chery, contudo a empresa brasileira Caoa comprou metade das ações, formando a Caoa Chery.