Analistas do Bank of America (BofA) se posicionaram no sentido contrário às atuais expectativas e passaram a recomendar a compra das ações da Apple (APPL;Nasdaq). O preço-alvo posto para o papel foi de US$ 225, o valor representa um crescimento de cerca de 25% em relação à cotação atual, que é de US$ 188,63.
Na sessão da Nasdaq, uma das Bolsas de Valores dos EUA, encerrada nesta quinta-feira (18), as ações da Apple subiram 3,2%, impulsionadas pela recomendação do Bank of America, e recuperou parte das perdas que teve nos últimos dias.
O relatório dos analistas aponta algumas razões para que os investidores se atentem aos papéis da fabricante do Iphone. Algumas delas são: o ciclo de atualização do iPhone mais forte que nos últimos anos; o crescimento mais alto dos serviços da empresa, conforme ela monetiza melhor sua base instalada.
Além disso, a evolução do PC para servidores autônomos, o retorno de capital fortes (com recompra de ações e distribuição de dividendos) e a margem bruta estável e crescente. Todos esses são alguns dos pontos positivos incluídos na lista do banco.
Pontos negativos apontados pelo Bank of America para a Apple
Mesmo sendo otimistas quanto ao crescimento da ação, os analistas também alertaram sobre os riscos existentes.
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Alguns itens da lista foram: a pressão na margem bruta devido a custos mais altos de materiais; os cortes de pedidos devido à demanda mais fraca; a pressão sobre o iPhone na China; a adoção tardia da Inteligência Artificial; e também os gastos mais fracos do consumidor.
Ainda assim, de acordo com o relatório, o preço-alvo da ação equivale a 32 vezes o Lucro por Ação que os especialistas estimam para este ano, um valor de US$ 7.
“Nosso múltiplo-alvo compara-se à faixa histórica de 16-34 vezes nos últimos 5 anos. Acreditamos que é justificado, dada a grande reserva de caixa da empresa e a oportunidade de diversificar em novos mercados finais, além do aumento na variedade e diversidade de serviços”, diz o documento.
Os papéis da Apple foram rebaixados para compra neutra em setembro de 2022 pelo banco. Daquele período até janeiro de 2024, a Apple teve um desempenho inferior ao índice S&P 500, uma porcentagem por volta de 6%.
Desde maio de 2023, o desempenho relativo também está mais baixo, depois da valorização expressiva das ações na megacapitalização, fato ocorrido no primeiro semestre de 2023, além das preocupações quanto a um ciclo mais fraco do iPhone.
