O texto do arcabouço fiscal deverá ser revisado nesta terça-feira (25), no Congresso, pelo relator da proposta Cláudio Cajado (PP-PR) e representantes das duas maiores bancadas. Os parlamentares se reunirão numa tentativa de chegar a um texto minimamente de consenso. O presidente da câmara, Arthur Lira, pretende votar no projeto até o dia 10 de maio, o prazo é considerado apertado pelos deputados.
As duas bancadas juntas somam 108 parlamentares, para que o arcabouço seja aprovado o governo precisa de 257 votos a favor dos 513 deputados.
O relator ainda se encontrará com representantes do próprio partido, o PP do Paraná, que se considera independente. E também com deputados do partido União Brasil, apesar de terem ministério, o União se classifica como independente. Após isso, Cajado deve iniciar conversa com agentes do mercado financeiro.
O relator da proposta e aliado de primeira hora de Lira, tem evitado falar sobre possíveis mudanças no texto final do arcabouço.
Arcabouço: Padilha diz que votação está mantida mesmo com CPMI
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, garantiu que o calendário de votação de medidas econômicas está mantido mesmo se a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro for instalada no Congresso.
Padilha também disse que está mantido o calendário de apresentação do relatório da reforma tributária no grupo de trabalho da Câmara que discute o assunto. E que as medidas provisórias do governo também serão votadas no cronograma acordado com o Congresso.
Segundo Padilha, o relator do novo arcabouço fiscal, Claudio Cajado (PP-BA), manteve a previsão de apresentação do seu relatório até o dia 10 de maio, independentemente da Comissão. “O calendário do marco fiscal está mantido, relatório a ser apresentado até 10 de maio”, afirmou Padilha em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (24).