Mais de 35 milhões de eleitores devem comparecer às urnas na Argentina, neste domingo (13), entre 8h e 18h (horário de Buenos Aires e Brasília), para eleger o presidente e vice-presidente, senador e deputado federal.
No entanto, por ora, ninguém será eleito. Isso ocorre porque a votação indica apenas quem está apto a ser candidato nas eleições gerais na Argentina, previstas para o dia 22 de outubro.
Esse processo é denominado como eleições primárias, no espanhol, é chamada de Paso (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias). Sendo assim, poderão seguir para as eleições gerais os candidatos que atingirem pelo menos 1,5% dos votos válidos no distrito (no caso de deputados federais e senadores) ou em todo território nacional (para presidente e vice-presidente).
Desse modo, no caso da eleição para presidente, os grupos políticos podem lançar mais de um pré-candidato, mas apenas o mais votado vai para as eleições gerais. Sendo assim, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos e no Brasil, por exemplo, a seleção das candidaturas não fica reservada apenas aos partidos políticos.
A votação é aberta a todo o eleitorado. Isto é, o eleitor que irá votar poderá escolher quais nomes de um determinado partido ou coligação prefere como candidato à Presidência. Os pré-candidatos que serão escolhidos neste domingo serão, de fato, os candidatos que concorrerão à Presidência da Argentina no dia 22 de outubro.
Os postulantes precisam de 45% para vencer a eleição geral já no primeiro turno, ou 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado. Caso nenhum partido consiga atingir, haverá um segundo turno no dia 19 de novembro.
Eleições primárias na Argentina
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Nesse sentido, as eleições primárias que ocorrem na Argentina neste domingo, são simultâneas: no mesmo dia e no mesmo ato eleitoral, todos os grupos definem conjuntamente as suas candidaturas a todos os cargos eletivos nacionais em disputa.
Todos os cidadãos argentinos entre 18 e 70 anos que residem no território nacional são obrigados a participar das eleições. Aqueles que não cumprirem com o voto são incluídos no registro de infratores e sujeitos ao pagamento de uma multa, a menos que apresentem justificativas por razões de saúde ou distância.
No caso de o eleitor não fornecer uma explicação para sua ausência, mesmo assim, ele não enfrentará restrições para votar nas eleições gerais.
O cenário é um pouco diferente para os grupos políticos. A participação nas primárias é também mandatória para eles. No entanto, a ausência nesse processo impede que lancem candidatos nas eleições gerais.
Além disso, grande parte das cadeiras das Câmaras de Deputados e Senadores também está sendo renovada, e há votação para eleger governadores em 21 das 23 províncias, assim como o prefeito de Buenos Aires, na Argentina.
