A Arm Holdings, fabricante inglesa de chips, atingiu o maior IPO (oferta pública inicial) de 2023 no mercado dos EUA. A empresa controlada pelo SoftBank foi avaliada em US$ 54,5 bilhões, com os papeis da ação precificados a US$ 51.
O valuation da empresa ficou quase US$ 10 bilhões abaixo do avaliado pelo SoftBank, mas ainda está bem acima do que havia sido estimado em 2022, quando o SoftBank tentava vender a empresa à Nvidia, até o acordo ter sido barrado por reguladores.
O Softbank adquiriu o controle da Arm em 2016, fechando o capital da empresa que era listada na bolsa de valores de Londres. O fundo japonês, na época, pagou cerca de US$ 32 bilhões na operação. A venda da companhia foi acertada para a Nvidia em setembro de 2020.
No entanto, autoridades antitruste acreditaram que a aquisição da Arm pela Nvidia iria reduzir a competição no setor, ainda mais pelo período de negociação ter sido em um momento crítico para mercado de chips, que sofria com falta de componentes em todo o mundo. Esse motivo, inclusive, fez a Nvidia desistiu de seguir adiante com o negócio.
Desse modo, o Softbank mudou os planos e decidiu realizar uma abertura de capital da Arm nos Estados Unidos.
Já no início deste mês de setembro, a Apple (AAPL34), Nvidia (NVDC34) e Google (GOGL34) concordaram em comprar ações da Arm. Segundo informações de fontes da agência Reuters, as empresas estariam considerando adquirir uma fatia do acordo, com cada uma prometendo investir até US$ 100 milhões na oferta pública inicial (IPO) da inglesa.
Softbank: ex-CEO investirá US$ 440 mi em startups na América Latina
O ex-presidente-executivo e CEO do SoftBank Group International, Marcelo Claure, anunciou ao mercado a criação de um fundo focado na América Latina, com investimento inicial de cerca de US$ 440 milhões.
Nesse sentido, o Bicycle I, da nova gestora de capital para startups em estágio maduro de crescimento Bicycle Capital explicou que a ideia do projeto é criar parcerias com empreendedores e alcançar a meta dos US$ 500 milhões.
Vale destacar que a América Latina representa uma aposta significativa da Bicycle Capital, sobretudo no Brasil e México. Em que a gestora vê como países com populações grandes e jovens. A gestora também destacou a expectativa de que ambos estejam entre as seis maiores economias do mundo até 2050.
Sendo assim, a região já detém empresas dentro do ambiente de tecnologia que levam modelos de negócios disruptivos, informou Claure à Reuters, e “ainda há muito a ser ‘disrupted’ (transformado)”.
Em resumo, Claure realizou um investimento de US$ 100 milhões na Shein, varejista online chinesa, e assumiu a presidência da empresa na América Latina. O novo fundo é ancorado pelo Mubadala Investment Company, fundo soberano de Abu Dhabi, e pelo Claure Group, o family office de Claure. Investimentos adicionais para essa primeira etapa são provenientes de investidores e empresários globais de tecnologia, afirmou.
O fundo é liderado por Marcelo Claure como presidente-executivo e sócio-gestor, juntamente com Shu Nyatta, ex-SoftBank Group International, como sócio-gestor.