Assaí (ASAI3) tem queda de 34% no lucro do 3T23, a R$ 185 mi

O Assaí (ASAI3) comunicou ao mercado, na segunda-feira (30), após o fechamento do mercado, os resultados referente ao terceiro trimestre de 2023 (3T23). A companhia reportou um lucro líquido de R$ 185 milhões, uma queda de 34% em relação ao apresentado um ano antes.

De acordo com o Assaí, o lucro líquido reportado inclui impacto positivo (não caixa) de cerca de R$ 41 milhões referente à baixa de contratos de aluguel renegociados e impacto negativo de R$ 4 milhões referente às negociações relacionadas aos contratos de dívida. 

Na mesma base de comparação, a receita líquida subiu 23%, para R$ 17 bilhões. 

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 1,28 bilhão, alta anual de 28,5%. No critério ajustado, o Ebitda ficou em R$ 1,22 bilhão, um crescimento de 19,9%. A margem Ebitda ajustada ficou em 7,1%, um recuo de 0,2 ponto percentual. 

A dívida líquida da empresa aumentou em 20,5% durante o ano, atingindo R$ 9,4 bilhões. Como resultado, a alavancagem da empresa, que é calculada pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda, atingiu 2,71 vezes, comparada a 2,62 vezes no ano anterior.

Os investimentos atingiram R$ 598 milhões no trimestre, impulsionados pela expansão, que incluiu a abertura de sete lojas, compreendendo quatro conversões e três inaugurações orgânicas.

Operações nas lojas

O Assaí encerrou o trimestre com 276 lojas em operação e uma área total de vendas de aproximadamente 1,4 milhão de metros quadrados. Nos últimos 12 meses, foram inauguradas 52 lojas, refletindo um aumento de 29% na área de vendas.

Com relação às operações classificadas como “risco sacado”, o Assaí divulgou que o montante pendente dessas operações atingiu R$ 903 milhões no final de setembro, sendo distribuídos em R$ 479 milhões em produtos e R$ 424 milhões em ativos imobilizados.

Vendas do Assaí caem

As vendas nas lojas do Assaí considerando o critério de mesmas lojas registraram uma queda de 0,9% no terceiro trimestre. A queda foi atribuída à deflação nos preços dos alimentos, influenciada principalmente pela queda nos preços das commodities agrícolas, bem como ao impacto do fechamento de hipermercados em 2022, o que gerou uma base de comparação significativamente alta.

“As vendas ‘mesmas lojas’ apresentaram evolução ao longo do período, atingindo nível positivo em setembro, resultado da recuperação dos volumes, que apresentaram crescimento nos meses de agosto e setembro”, disse o Assaí.