A expansão de atuação dos agentes do mercado financeiro pelos quatro cantos do Brasil abre portas que fortalecem e estimulam, cada vez mais, a defesa de melhorias para a categoria dos assessores de investimentos, analisou Francisco Amarante, superintendente da ABAI (Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos).
O executivo afirmou, em entrevista ao BPMoney, que observa uma democratização no segmento, tanto com o investidor brasileiro quanto com os investimentos, devido a uma linguagem mais simples, possibilitando que os assessores de investimentos ajudem no avanço da educação financeira pelo Brasil.
Amarante participou do Smart Summit, que aconteceu no Rio de Janeiro, e afirmou que o evento é uma “sala da melhor profissão do mundo, que procura atrair profissionais dos mais diversos segmentos para entrar na atividade das assessorias de investimentos”.
“Esse movimento aqui, não tenha a menor dúvida, que ficamos muito animados, muito empolgados. Sabemos da importância do Rio de Janeiro para a história do Brasil. Também acompanhamos nas últimas décadas o afastamento de oportunidades de negócio na cidade”, disse.
O executivo observou que existe uma migração dos cariocas para São Paulo em busca de oportunidades de trabalho na área, por isso, o evento pode atrair o interesse jovens para conhecer a atividade de investimento, em sua visão.
“Queria cumprimentar, deixar publicamente registrado, o meu cumprimento a toda a equipe InvestSmart pelo sucesso de mais um ano de um evento realizado”, comentou Amarante.
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A inclusão de assessores de investimentos no Simples Nacional tem sido uma demanda dos profissionais do mercado financeiro há algum tempo. A expectativa é de que esse enquadramento aconteça por meio do PLP (Projeto de Lei Complementar) 68/2024, que trata da reforma tributária.
O Simples Nacional é o sistema de tributação simplificado exclusivo para recolhimento de contribuições e de micro e pequenas empresas. O sistema reúne vários impostos em um único tributo e é adotado por 63,7% das empresas no país em diferentes áreas.
De acordo com Francisco Amarante, superintendente da ABAI (Associação Brasileira de Assessores de Investimentos), o principal argumento de defesa à inclusão dos assessores no Simples trata-se da isonomia com os corretores de seguro e de imóvel.
“Em 2006, os corretores de seguros e os de imóveis se organizaram e conseguiram ser incluídos na Lei Complementar 123. Os assessores de investimento, como não tinha representatividade, ninguém conversou com o chefe de gabinete do deputado Rauli, relator à época, e por isso não foi enquadrado”, explicou o superintendente da ABAI.
Apesar disso, o superintendente da ABAI garante que existe um consenso em relação à inclusão dos assessores de investimento na Lei Complementar 123, tanto na Receita Federal quanto no conselho gestor do Simples Nacional. “E a oportunidade que enxergamos é o trâmite PLP-7”, disse.
