Integrantes do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) defendem alta de juros em 0,5 ponto nas próximas duas reuniões, que serão realizadas em junho e julho, mostra ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) divulgada nesta quarta-feira (25).
Os integrantes do Fed destacaram a necessidade de subir os juros para combater a inflação, que eles passaram a ver como uma ameaça importante ao desempenho da economia e que corria o risco de subir mais sem a ação do banco central norte-americano.
De acordo com a ata, todos os membros concordaram que a economia dos EUA estava forte, a inflação estava alta, o mercado estava apertado. Em continuidade dos riscos inflacionários, os participantes ainda julgaram que seria apropriado que a declaração pós-reunião observasse que o Fomc está altamente atento aos riscos ascendentes para a inflação, apontou o documento.
Os dirigentes do Fed esperam que a economia dos Estados Unidos tenha crescimento sólido no segundo trimestre deste ano, apesar da queda vista nos três meses anteriores. A ata não traz qualquer menção à possibilidade de recessão.
De acordo com o documento, os membros notaram que os componentes voláteis, como exportações líquidas e investimento em estoque, devem ter “pouco sinal” sobre o crescimento neste trimestre e observam que os gastos de famílias e investimentos fixos de empresas seguiram fortes nos três primeiros meses do ano.
A expectativa dos dirigentes é que o desequilíbrio entre oferta e demanda agregadas diminua ao longo do tempo. Eles observaram que a duração e magnitude dos gargalos de oferta, aumento da participação da força de trabalho e efeitos das políticas fiscais ligados à pandemia são incertos.
Em discurso proferido em 17 de maio, o presidente do Fed, Jerome Powell, anunciou que o Fed continuará “insistindo” em apertar a política monetária até a inflação demonstrar sinais de queda. Powell também tinha anunciado que poderia elevar os juros se a alta de preços continuasse.