A Auren Energia (AURE3) anunciou, na terça-feira (4), a aquisição integral do capital social da Esfera Energia, companhia com atuação na área de gestão de energia no mercado nacional. O valor da transação não foi divulgado.
A expectativa, segundo a Auren (AURE3), é de que a operação seja concluída ao longo do segundo semestre. A conclusão ainda está sujeita a condições precedentes, incluindo autorização pela Aneel e pelo Cade.
Apesar de a Auren ter adquirido 100% do controle, a gestão da empresa continuará como um negócio independente, com equipe e escritórios distintos. O acordo prevê também que os antigos sócios da empresa sigam na liderança da companhia.
A nova aquisição da companhia se deve à recente abertura do mercado livre para a média e alta tensão após a Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, divulgada no fim de 2022.
O diretor-presidente da Esfera, Braz Justi, disse ao Valor Econômico que, entre os motivos para a venda, se destacou a possibilidade de integrar a Esfera a uma grande plataforma de atendimento ao cliente.
Além disso, a Auren possui uma considerável capacidade de investimento em sistemas computacionais para explorar um mercado em rápido crescimento.
“Esses pilares foram os principais fatores que influenciaram nossa decisão de abrir mão do controle da companhia para nos unirmos a uma plataforma maior”, justificou Justi.
A Esfera Energia atende 570 grupos empresariais e gerencia cerca de 1.600 contratos de compra e venda de energia elétrica no mercado livre de energia, disse a Auren, além de ter 142 unidades geradoras em sua carteira.
Auren (AURE3) compra AES Brasil (AESB3) e aumenta sua capacidade de geração por 2,4x
A Auren Energia (AURE3), controlada pelo Grupo Votorantim e pelo fundo canadense CPPIB, acabou de anunciar a aquisição da AES Brasil (AESB3). A transação cria a terceira maior geradora de energia do País.
Após a operação, a Auren (AURE3) terá capacidade instalada de 8,8 GW (gigawatts) – equivalente a 2,4 vezes sua capacidade atual. Atualmente, o maior player é a Eletrobras (ELET3), com 44,7 GW de capacidade, seguido pela Engie Brasil (EGIE3), com 10,7 GW.
A aquisição cria uma companhia com 39 ativos operacionais e em construção, incluindo hidrelétricas, parques solares e eólicos. A receita líquida da empresa agora soma R$ 9,6 bilhões, e o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado é de R$ 3,5 bilhões.