Balanço trimestral

Auren (AURE3) registra alta de 10% no lucro do 1T24

Empresa vê mais consumidores atrás de contratação de energia

Auren Energia
Auren Energia / Foto: Divulgação

A geradora de energia renovável Auren (AURE3) encerrou o primeiro trimestre de 2024 (1T24) com um lucro 10% superior, impulsionado pelo efeito positivo da alta nos preços de energia sobre os contratos de sua comercializadora.

Um executivo da empresa informou à Reuters que a Auren está confiante em uma tendência ainda positiva para a venda de energia a grandes e médios consumidores nos próximos meses.

A empresa de energia controlada pela Votorantim e CPP Investments reportou um lucro líquido de R$ 253,6 milhões, representando um aumento de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Além disso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou 599,6 milhões de reais, registrando um incremento de 32,7%.

Os resultados foram impulsionados principalmente pela marcação a mercado em contratos de compra e venda de energia, refletindo a alta nos preços registrada no mercado livre no início deste ano. Esse período coincidiu com uma redução nas chuvas, o que impactou significativamente o setor elétrico brasileiro.

Desconsiderando o efeito não caixa da marcação a mercado, o Ebitda ajustado da Auren totalizou 360,0 milhões de reais, registrando uma queda de 9,1% em comparação ao ano anterior. Essa redução reflete desempenhos menos favoráveis tanto na geração hidrelétrica quanto na eólica.

Resultados da Auren

Conforme mencionado pelo vice-presidente financeiro da Auren, Mario Bertoncini, devido à reação dos preços nos primeiros meses do ano, a empresa aproveitou para realizar vendas de energia, tirando proveito dessa tendência favorável.

“A partir de outubro do ano passado, a gente passou a vislumbrar alguma possibilidade de ‘secamento’ dos mapas hidrológicos. A gente começou a comprar energia e vendemos ao longo do primeiro trimestre, com ganhos bastante importantes”.

Mario Bertoncini também destacou que a alteração no cenário de preços da energia resultou em uma reação por parte dos consumidores de médio e grande porte, especialmente a partir de abril.

“Fevereiro, março, a gente não via clientes no mercado, a gente via mais ‘brokers’ zerando as suas posições… Clientes, de uma maneira mais consistente, entraram a partir de abril no mercado. Abril foi muito bom, esse início de maio a gente tem cotações importantes de clientes, tanto de grande porte, quanto de médio porte”.