A Azul (AZUL4) divulgou nesta segunda-feira (06) seu balanço do quarto trimestre de 2022. A companhia reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 610,5 milhões entre outubro e dezembro, alta de 40% em relação ao mesmo período de 2021.
Sem ser em termos ajustados, a companhia obteve lucro líquido de R$ 231,2 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo o prejuízo de R$ 954,7 milhões registrado no mesmo trimestre de 2021.
A receita líquida da Azul somou R$ 4,453 bilhões entre outubro e dezembro de 2022, alta de 19,4% na comparação com igual etapa de 2021
Já o Ebitda (Lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,097 bilhão no quarto trimestre de 2022, crescimento de 6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda foi de 24,6% entre outubro e dezembro, baixa de 2,9 pontos percentuais (p.p) frente a margem registrada em 4T21.
A receita de passageiros, por sua vez, atingiu um recorde histórico, avançando 21,3% em uma capacidade 10,3% maior em comparação com o mesmo período do ano passado.
O Custo Operacional por Assento (CASK) no quarto trimestre de 2022 foi de R$ 37,68 centavos, 11,1% acima do mesmo trimestre do ano passado. O resultado foi impulsionado pela alta dos combustíveis.
Em 31 de dezembro de 2022, a Azul possuia uma frota operacional de 177 aeronaves e uma frota contratual de 194 aeronaves, com uma idade média de 7,1 anos, excluindo aeronaves Cessna.
Nesta segunda-feira, por volta das 14:25 (de Brasília), as ações da Azul avançavam 34,39%, cotadas a R$ 34,39.
Azul (AZUL4) fecha acordo com empresas para pagar parte de dívida
A Azul (AZUL4) anunciou, na noite de domingo (5), que firmou acordos comerciais com empresas que representam mais de 90% do seu passivo de arrendamento, sujeito a certas condições e aprovações corporativas aplicáveis. As informações são do “Broadcast”, do “Estadão”.
Em nota, a Azul informou que estes acordos representam uma parte significativa de um plano abrangente que visa fortalecer a geração de seu caixa e melhorar a estrutura de capital, além de entregar aos arrendadores 100% dos valores previamente acordados.
“Com base nesses acordos, os arrendadores reduzirão os pagamentos de arrendamento da Azul para eliminar diferimentos relacionados à covid, bem como a diferença entre as taxas de arrendamento contratuais da Azul e as taxas de mercado atuais”, diz o comunicado.
Em troca, disse a empresa, os arrendadores receberão um título de dívida negociável com vencimento em 2030 e ações precificadas de forma a refletir a nova geração de caixa da Azul, sua melhor estrutura de capital e a redução em seu risco de crédito.