As ações da Azul (AZUL4) receberam recomendação de compra do BTG Pactual (BPAC11). A casa também estipulou um preço-alvo de R$ 47. Nesta semana, os papéis da companhia aérea foram cotados a menos de R$ 11.
De acordo com relatório divulgado ao mercado nesta semana, o banco prevê um potencial de valorização das ações da Azul acima de 300%.
Segundo analistas do BTG, que participaram do Investor Day da Azul, a companhia está tomando as medidas necessárias para minimizar sua queima de caixa, apesar do cenário ainda volátil para o setor aéreo.
“O setor aéreo ainda está sendo preterido pelos investidores, mas vemos um melhor momento de curto prazo para a Azul”, escreveu o BTG.
Azul (AZUL4): prejuízo no 3T22 é 350% maior que o esperado
A Azul (AZUL4) registrou um prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre de 2022, segundo divulgou a companhia em 10 de novembro. O prejuízo foi 3,5 vezes maior do que era esperado pelo mercado, que calculava um prejuízo de R$ 458 milhões no período, conforme consenso da “Bloomberg”.
O resultado ainda representou um recuo de 26% no prejuízo da companhia em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a Azul registrou um resultado negativo de R$ 2,2 bilhões. A receita líquida da companhia, por outro lado, atingiu um recorde histórico, de R$ 4,3 bilhões no período, alta de 61% na comparação anual.
Comparando aos níveis pré-pandêmicos, houve uma alta de 44% na receita da companhia ante o mesmo período em 2019. Já as tarifas corporativas da empresa chegaram a 150% dos níveis pré-pandêmicos, enquanto o tráfego se recuperou 80%.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Azul ficou em R$ 925 milhões no terceiro trimestre deste ano, em linha com o mesmo período em 2019, uma alta de 90% em relação ao mesmo período de 2021.