As ações da Azul (AZUL4) se destacaram na ponta negativa do Ibovespa nesta quarta-feira (5), após a companhia anunciar a aprovação de um aumento de capital de até R$ 6,1 bilhões. Essa movimentação deve ocasionar uma diluição dos acionistas minoritários.
Por volta das 15h03 (horário de Brasília), os papéis da Azul (AZUL4) recuavam 7,19%, a R$ 3,87.
A operação anunciada pela aérea ocorre devido aos acordos firmados entre a Azul e determinados arrendadores e fornecedores de equipamentos, que possuem parcelas das obrigações de arrendamento pendentes da companhia.
O aumento de capital será realizado por meio da aquisição privada de novas ações preferenciais, no valor mínimo de R$ 1,5 bilhão e máximo de R$ 6,1 bilhões, com a emissão de pelo menos 47 milhões de ações e, no máximo, 191 milhões de ações, ao preço de R$ 32,08 cada, como apontou o MoneyTimes.
S&P eleva rating da Azul (AZUL4) para ‘CCC+’ ante ‘SD’
A S&P Global Ratings elevou a nota de crédito em escala global da Azul (AZUL4) de “SD” para “CCC+” (default seletivo), conforme relatório de sexta-feira (31), poucos dias após rebaixar a classificação da companhia aérea.
“Nós reavaliamos o perfil de crédito da companhia aérea brasileira Azul após sua troca de dívida, renegociação de passivos de arrendamento e emissão de notas superprioritárias”, disse a agência, de acordo com o “InfoMoney”.
“Como resultado, a empresa melhorou sua liquidez e reduziu um pouco a dívida, mas o fluxo de caixa pode ser ameaçado pela volatilidade macroeconômica”, acrescentou.
Segundo a S&P, a perspectiva positiva para a nota reflete a expectativa de que o crescimento da capacidade e um ambiente de forte yield sustentarão sólidas margens EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), reduzirão a alavancagem abaixo de cinco vezes e melhorarão o FFO (fluxo de caixa operacional) para dívida perto ou acima de 10% até o fim do ano.