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Azul (AZUL4) conclui processo de reestruturação e ações disparam 

A Azul concluiu a última etapa necessária para restauração do seu endividamento, com a captação de R$ 3 bilhões junto a investidores

Ações da Azul decolam mais de 12%
Foto: Arquivo Azul

A Azul (AZUL4) tomou a liderança da ponta positiva do Ibovespa nesta quarta-feira (29). O movimento se dá pela repercussão positiva da conclusão da reestruturação da empresa, após a captação de cerca de R$ 3 bilhões.

Por volta de 14h20, o papel registrava valorização de 3,37%, negociado a R$ 4,60.

A Azul concluiu a última etapa necessária para restauração do seu endividamento, conforme apuração do “Valor”, ao captar R$ 3 bilhões junto a investidores, em títulos de dívida com vencimento em 2030.

Entre novos recursos, economias e conversão de dívida em ações, a empresa conseguiu limpar seu balanço em cerca de US$ 2,4 bilhões (o equivalente a aproximadamente R$ 14 bilhões) ao fim da sua reestruturação.

Havia um receio, no início do processo no ano passado, de que a Azul poderia seguir os mesmos passos da Gol (GOLL4), mas a proposta de captação, apresentada em outubro, foi fundamental para afastar a possibilidade.

Com a reestruturação, o nível de endividamento passou de 4,8 vezes o ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) para 3,4 vezes.

Azul (AZUL4) conclui reestruturação financeira

A Azul (AZUL4) informou que concluiu suas obrigações com os detentores de seus títulos de dívida e com suas ofertas de troca anteriormente anunciadas, com isso, a empresa finalizou sua reestruturação financeira.

Os processos de recuperação preveem a extinção de quase US$1,6 bilhão em dívidas do balanço patrimonial e adicional de US$525 milhões em capital, como informou a companhia em nota ao mercado.

Como apurou o portal EInvestidor, com a redução da dívida, as transações da Azul aumentam significativamente o caixa da empresa, diminuindo o pagamento de juros em R$1 bilhão em 2025.

Um acordo entre a Azul em conjunto com arrendadores e fabricantes prevê a eliminação da obrigatoriedade de emitir ações em uma quantia totalizada de US$557 milhões, em troca de 94 milhões de novas ações preferenciais da Azul.

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