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Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) disparam na Bolsa com novidades sobre fusão

Ainda há várias condicionantes para chegar a conclusão da fusão entre os negócios da Azul e da Gol, segundo fontes ouvidas pelo “Valor”

Azul / Divulgação
Azul / Divulgação

As ações preferenciais das companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) estão com forte valorização na sessão desta quinta-feira (9), após a divulgação de que suas controladoras estão estruturando a assinatura de um memorando de entendimento nas próximas semanas para iniciar as negociações de uma possível fusão. 

Com isso, por volta das 14h88 (horário de Brasília), o papel da Azul subia 4,99% no Ibovespa, a R$ 4,41, enquanto a ação da Gol disparava 10,32% fora do índice, a R$ 1,71.

Ainda há várias condicionantes para chegar a conclusão da fusão entre os negócios, segundo fontes ouvidas pelo “Valor Econômico”. Um desses pontos seria o pedido de recuperação judicial da Gol nos EUA, também conhecido como Chapter 11.

Na avaliação da Genial Investimentos, uma possível fusão pode representar uma mudança significativa no mercado de aviação brasileiro, consolidando o setor e criando uma companhia aérea de maior escala. 

No entanto, os balanços frágeis, os desafios regulatórios e operacionais podem atrasar ou limitar a concretização do acordo, afirmou a corretora, segundo o “InfoMoney”.

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) renegociam dívidas: o pior já passou?

O momento de recuperação das companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) pode estar se aproximando, ao que ambas anunciaram recentemente acordos com a União para renegociarem parte de suas dívidas. No entanto, especialistas dizem não esperar que essa negociação implique, necessariamente, em uma melhora na performance das ações.

Juntas a Azul e Gol deviam cerca de R$ 5,8 bilhões em passivos tributários. O acordo prevê a oferta de condições mais favoráveis para que as companhias consigam pagar seus débitos.

A Gol – que enfrenta um processo de Chapter 11 nos EUA – tinha uma dívida original de aproximadamente R$ 5 bilhões. Após a negociação, o valor foi reduzido para cerca de R$ 880 milhões, que serão pagos em até 120 parcelas.

Já no caso da Azul, a dívida original era de R$ 2,9 bilhões, e o valor recuou para R$ 1,1 bilhão após a negociação, também com pagamento previsto em até 120 parcelas.

Na avaliação de Ângelo Belitardo Neto, da Hike Capital, o acordo realizado entre o governo e as companhias aéreas não deve impactar de forma relevante no comportamento das ações. 

Isto porque o volume de dívida com o setor público não é significativo quando comparado ao restante dos passivos onerosos da Azul e da Gol, segundo ele. Esses passivos incluem debêntures e outros instrumentos financeiros de dívidas com credores e arrendamentos.

“Ao longo do próximo ano a alavancagem das companhias ainda devem seguir pressionadas por conta de juros alto, dólar alto e bastante oscilação no preço dos combustíveis, que são três variáveis que impactam de forma significativa o lucro operacional dessas companhias”, disse Neto, em resposta ao BPMoney.

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