Otimismo

Azul (AZUL4) é principal escolha entre aéreas no 2T24, diz J.P. Morgan

De acordo com o banco, o segundo trimestre é geralmente mais fraco devido à sazonalidade

Azul
Azul / Foto: Divulgação

Segundo monitoramento do J.P. Morgan, a Azul (AZUL4) é a principal escolha no setor aéreo, ao lado da Copa Airlines.

No Brasil, as tarifas de lazer do setor desaceleraram no segundo trimestre deste ano (2T24) em comparação anual, enquanto as tarifas corporativas registraram um crescimento significativo em relação ao ano passado.

As tarifas de lazer, considerando quatro rotas, caíram 8% em relação ao ano anterior e 13% em relação ao trimestre anterior. No entanto, em comparação com o segundo trimestre de 2019, houve um aumento médio de 66% para as três empresas listadas, segundo o banco.

As tarifas corporativas, considerando cinco rotas, aumentaram 12% em relação ao ano anterior, mas caíram 12% em relação ao trimestre anterior. Comparadas ao segundo trimestre de 2019, essas tarifas tiveram um aumento de 26%.

O J.P. Morgan destaca que o 2T24 é geralmente mais fraco devido à sazonalidade. As tarifas de lazer são coletadas com três meses de antecedência e as corporativas com um mês de antecedência, portanto, a amostra pode não ter refletido os potenciais aumentos de preços para compensar a recente depreciação de 7% do real desde maio.

Recuperação da Azul

Segundo o banco, a Azul já recuperou há algum tempo sua capacidade pré-Covid, registrando um aumento de 42% na capacidade doméstica e de 5% na internacional no primeiro trimestre deste ano.

A Latam, por sua vez, estava com uma capacidade doméstica 26% acima da de 2019, mas 10% abaixo no segmento internacional.

Já a Gol (GOLL4) estava com uma capacidade 16% menor no mercado doméstico e 25% menor no internacional. Para 2024, o banco prevê que a Azul aumente sua capacidade total em 10%, a Latam em 16% e a Gol reduza em 5% em comparação anual.

O J.P. Morgan expressa uma visão otimista sobre a Latam, destacando que a empresa tem surpreendido positivamente desde o início de sua recuperação judicial.

Em contraste, a recuperação judicial da Gol deve continuar pesando no desempenho das ações. O banco observa que uma potencial fusão entre a Azul e a Gol seria desafiadora, apesar de acreditar que a consolidação no mercado de aviação brasileiro faria sentido, dada a baixa sobreposição entre as duas empresas.

Otimismo do J.P. Morgan

O J.P. Morgan tem uma visão otimista sobre a Latam, destacando que a empresa tem surpreendido positivamente desde o início de sua recuperação judicial. Em contraste, a recuperação judicial da Gol deve continuar impactando negativamente o desempenho de suas ações.

 “Vemos uma potencial fusão e aquisição entre a Azul e a Gol como desafiadora, apesar de acreditarmos que a consolidação no mercado de aviação brasileiro faria sentido, dada a baixa sobreposição entre as duas”, diz o banco.