Abhi Manoj Shah, presidente da Azul (AUZL4), destacou que a companhia aérea está confiante com a demanda por voos no segundo semestre.
“Vemos um crescimento significativo de tarifa desde o início do trimestre e ainda melhor desde maio. A demanda está melhorando rápido e a tendência continua em agosto”, disse o executivo, em teleconferência nesta segunda-feira (12).
“Isso contraria o que vemos nos EUA, onde há sinais de redução de demanda. Os indicadores no Brasil nos dão confiança na demanda no segundo semestre”, continuou, de acordo com o “Valor”.
Para Shah, a Azul tem conseguido contornar a alta do dólar e seus efeitos sobre o negócio.
“O aumento de 5% no dólar precisaria de uma alta de 3% nas tarifas para compensar os impactos negativos da maior despesa”, disse o presidente da aérea.
Além disso, o executivo indicou um espaço no mercado para subir o preço quando necessário. Segundo ele, os concorrentes têm adotado uma política de preço e oferta controlados.
Para o presidente da Azul, a chegada de mais aviões ajudará na oferta internacional. A previsão da empresa é receber mais duas aeronaves A 330 em setembro, enquanto outros dois modelos entrarão para a frota no início de 2025.
A Azul está em contato com a Embraer (EMBR3) para compreender melhor o calendário da fabricante. No geral, as entregas têm sofrido um atraso entre 30 e 45 dias, segundo o veículo de notícias.
As enchentes no Rio Grande do Sul em abril deste ano foi um dos pontos negativos nas contas da companhia aérea, em cerca de R$ 200 milhões. A tragédia causou diversos alagamentos no estado e as atividades no aeroporto Salgado Filho foram suspensas.
Segundo Shah, a Azul conseguiu retomar seus níveis normais de reservas em julho, realocando parte da oferta que deixou de ser oferecida em Porto Alegre.