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Azul (AZUL4): Fitch corta nota de crédito de ‘CCC’ para ‘CC’

O refinanciamento recente da dívida da Azul não deve resultar em um desconto imediato na dívida, disse a Fitch Ratings

Azul / Divulgação
Azul / Divulgação

As notas de crédito em moedas estrangeiras e local da Azul (AZUL4) foram rebaixadas pela Fitch Ratings de “CCC” para “CC”. A agência de classificação de risco também reduziu a nota nacional de “CCC(bra)” para “CC(bra)”.

Conforme os analistas Debora Jalles, Francisco Mercadal e Martha Rocha, o resultado do refinanciamento recentemente fechado com credores e fornecedores provavelmente será uma oferta de troca de dívida e solicitações de consentimento.

Mesmo não havendo um desconto imediato na dívida ou extensão do vencimento, os detentores dos títulos que não o aceitarem devem enfrentar termos mais desfavoráveis, afirmaram os analistas, segundo o “Valor”.

A avaliação da equipe da Fitch é que o acordo funciona como forma de evitar um calote. “A Fitch considera este cenário uma troca de dívida em situação crítica”, disse a agência de classificação de riscos. 

Detentores de títulos que não aderirem ao acordo terão retorno mais baixo com a conversão em capital de parte da dívida.

Azul (AZUL4): acordo com credores é um grande alívio, diz BTG

A Azul (AZUL4) anunciou na segunda-feira (28) um acordo com seus credores para a captação de US$ 500 milhões. A operação foi bem recebida pelo mercado financeiro, fazendo com que as ações da aérea contribuíssem para uma alta no Ibovespa. Seguindo essa linha positiva, o BTG Pactual (BPAC11) afirmou que o movimento representa “um grande alívio” para a empresa.

Na avaliação dos especialistas do BTG, o acordo melhora a liquidez imediata da Azul (AZUL4) e consolida entendimentos anteriores com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais, reduzindo a necessidade de diluição do capital por meio de instrumentos de dívida conversíveis.

Em seu relatório, o BTG destacou que, em um acordo anterior, a Azul e os arrendadores concordaram em eliminar a obrigação de emissões de ações no valor de R$ 3,1 bilhões em troca de até 100 milhões de novas ações preferenciais.

Segundo a Azul, esse acordo foi aceito por 98% dos arrendadores, restando apenas um arrendador pendente.

Com isso, a conversão será realizada ao preço de R$ 31,00 por ação, implicando uma diluição de 22% no capital da empresa, contra a diluição de 62% prevista no acordo anterior, conforme apontou o “Suno”.

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