As ações da Azzas 2154 (AZZA3) têm apresentado desempenho inferior ao mercado desde a conclusão da fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma, devido a uma dinâmica de resultados pouco promissora no curto prazo, segundo a análise da XP Investimentos.
Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer relatam que as ações acumulam uma queda de 12% desde 1º de agosto, enquanto o Ibovespa apresentou uma valorização de 3% no mesmo período.
Além da expectativa de resultados mais fracos, com algumas de suas marcas principais enfrentando dificuldades, os analistas observam que a insatisfação do mercado em relação ao potencial de sinergias também ajuda a esclarecer essa tendência.
Contudo, a corretora argumenta que o preço das ações é atraente mesmo em um cenário sem sinergias, uma vez que estão sendo negociadas com um desconto significativo em relação a outras varejistas de consumo discricionário.
A XP mantém uma recomendação de compra para Azzas 2154, estabelecendo um preço-alvo de R$ 70, o que representa um potencial de valorização de 56,8% em relação ao fechamento da última sexta-feira (20).
Azzas 2154 (ex-Arrezo e Soma) lucra R$ 129,4 mi no 2º trimestre
A Azzas 2154, formada pela fusão da Arezzo&Co com o Grupo Soma, reportou um lucro de R$ 129,4 milhões no segundo trimestre, marcando um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As receitas da companhia também cresceram 20,3%, alcançando R$ 1,36 bilhão. Este é o primeiro balanço publicado após a conclusão da fusão em 31 de julho, aponta o Valor Econômico.
A integração das duas empresas levou a Azzas a alterar o método contábil para o reconhecimento das subvenções do ICMS, resultando em um efeito positivo de R$ 42 milhões no lucro líquido do primeiro semestre.
Para permitir uma comparação mais precisa com os resultados de 2023, a empresa também divulgou os valores ajustados, excluindo essas subvenções.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) recorrente atingiu R$ 203 milhões no segundo trimestre, marcando um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior e refletindo uma margem Ebitda de 16,5%.