
Na sessão desta sexta-feira (14), as ações da Azzas 2154 (AZZA3) despencam 10,00% e operam entre as maiores quedas do Ibovespa, refletindo o temor de uma separação entre os gestores da empresa.
Por volta de 15h33 (horário de Brasília), o papel ordinário da Azzas (AZZA3) caía 10,00%, a R$ 21,60. Na semana, os papéis acumulam baixa de quase 17%. No ano, a queda é de 25%.
Após os resultados trimestrais, que puxaram uma reação negativa, o que pesa sobre a empresa no momento é a possibilidade de uma possível cisão do negócio ou um acordo em que um dos sócios compraria a parte do outro.
Segundo o “Pipeline”, os dois principais acionistas e gestores da Azzas 2154 – Alexandre Birman e Roberto Jatahy – estão negociando um “divórcio” no negócio. A fusão entre a Arezzo&Co e o Grupo Soma é relativamente recente, tendo sido concretizada há menos de oito meses.
Juntos, Birman, o CEO da Azzas, e Jatahy, que liderava o Grupo Soma e agora é responsável pela moda feminina do grupo, têm 33,7% da empresa. A proposta seria que o presidente da empresa compre a parte de Jatahy.
No entanto, a questão é como ele se financiaria e qual o preço que o líder do Soma aceitaria, segundo o “Money Times”. A companhia ainda não se pronunciou sobre o caso.
Ainda de acordo com o portal, o Morgan Stanley e o Spinelli Advogados têm assessorado o Birman. Já Jatahy é assessorado pela G5 e Barbosa Mussnich.
Azzas: após 8 meses de fusão, Birman e Jatahy querem ‘divórcio’
Menos de oito meses após a fusão entre Arezzo&Co e Grupo Soma, que deu origem à Azzas 2154 (AZZA3), os principais acionistas da empresa, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, estão em negociações para dividir os negócios. A informação foi divulgada pelo Pipeline, do Valor Econômico, nesta sexta-feira (14).
Segundo a publicação, os dois executivos estão sendo apoiados por consultores financeiros e jurídicos para explorar alternativas viáveis, embora fontes indiquem que a separação não deve ocorrer tão rapidamente quanto eles esperam.
Birman, CEO da Azzas, conta com o apoio do Morgan Stanley, sob a orientação do senior advisor Nicola Calicchio, e da Spinelli Advogados. Já Jatahy, que comanda a unidade de moda feminina, recebe suporte da G5 e do escritório Barbosa Mussnich.
Tensões e negociações na Azzas 2154 (AZZA3)
Alexandre Birman e Roberto Jatahy, que juntos detêm 33,7% da Azzas 2154 (AZZA3), estão envolvidos em negociações que podem levar à separação dos negócios.
De acordo com o Pipeline, emissários de Birman já teriam procurado family offices e gestoras de private equity como possíveis investidores, visando uma negociação futura.
No entanto, Jatahy não estaria disposto a vender sua participação ao preço de mercado e exigiria um prêmio sobre o valor atual da empresa.
Ainda segundo o Pipeline, os dois empresários já discutiram a possibilidade de uma cisão das operações, mas não no formato original. Nesse cenário, a Hering ficaria com o grupo Arezzo, mas a estratégia enfrenta resistência devido a possíveis repercussões negativas no mercado e passivos fiscais, embora não tenha sido totalmente descartada.
Um dos principais pontos de discordância entre os executivos é a estrutura de governança. Jatahy optou por fazer sua unidade de negócios responder diretamente ao conselho de administração, sem se reportar a Birman, uma mudança que foi contestada pelo CEO da empresa. Como alternativa, Birman propôs comprar a participação de Jatahy na Azzas, o que resultaria na saída do fundador da Soma. No entanto, essa proposta enfrenta dois obstáculos: a forma como Birman financiará a transação e o preço que Jatahy estaria disposto a aceitar.
Diante dos rumores, a Azzas 2154 afirmou que não comenta especulações do mercado e que segue focada na execução de sua estratégia empresarial.