Dólar x Real

B3 (B3SA3): aposta de estrangeiros contra o real bate recorde

Os dados que compõem o número são: a posição do dólar futuro, dólar mini, swap cambial e cupom cambial

Foto: Pexels
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Conforme dados divulgados pela B3, Bolsa de Valores Brasileira, a posição comprada em dólar contra o real, através de derivativos, por investidores estrangeiros teve recorde máximo histórico na sessão de quarta-feira (5), com US$ 73,5 bilhões.

Mesmo que a leitura não seja absolutamente precisa, essa posição é tida como uma aposta contra o avanço do real. A razão disto é que os dados também incluem investimentos em “offshores”, o que investidores locais também podem fazer.

Além disso, uma fatia desse montante se refere à estratégias de proteção, não necessariamente uma aposta contra o desempenho do real, de acordo com o “Valor”.

Os dados que compõem o número são: a posição do dólar futuro, dólar mini, swap cambial e cupom cambial. 

A primeira vez que essa posição do dólar contra o real chegou a US$ 70 bilhões foi em 16 de abril, mas se desmontou e manteve estabilidades depois disso. 

Contudo, acompanhando a recorrente desvalorização do real nas últimas sessões, desde a última semana a aposta na valorização do dólar cresceu.

Estrangeiros têm maior sequência de saques mensais na B3 desde 2021

Os investidores estrangeiros apresentaram saídas líquidas da bolsa brasileira pelo quinto mês consecutivo em maio, igualando a maior sequência de saques mensais da categoria desde 2021. As informações são do levantamento do “Valor Data”.

B3 (B3SA3) divulgou nesta terça-feira (4) que os não residentes encerraram o mês de maio com um déficit de R$ 1,63 bilhão no mercado secundário (papéis já em circulação), gerando um saldo negativo de 2024 para R$ 35,89 bilhões.

“A sequência de saques no mercado de ações do Brasil por estrangeiros parece ser causada por uma combinação de fatores locais e globais”, afirmou, de acordo com o “Valor”, o economista-chefe para América Latina da Pantheon Macroeconomics, Andres Abadia.

No âmbito global, ele menciona o crescimento dos juros norte-americanos de mercado nos últimos meses, que afeta a atratividade de todos os ativos de países emergentes.