No segmento de ações da B3 (B3SA3) – a Bolsa de Valores brasileira – o volume financeiro médio negociado caiu 3,9% em outubro de 2024, quando comparado ao volume registrado no mesmo período de 2023, ficando em R$ 22,306 bilhões.
Em outra linha de comparação, dessa vez com o mês de setembro, a queda foi de 3,1%. Na posição contrária, houve um aumento de 5,6% – no acumulado de 12 meses – no número de contas na depositária da B3 para 6,045 milhões.
Enquanto isso, o número de investidores individuais ficou em 5,230 milhões, alta de 6,9%. A quantidade de empresas listadas caiu de 449 para 426, segundo o “InfoMoney”.
Outro avanço registrado foi na capitalização média de mercado, que fechou o período em R$ 4,530 trilhões, subindo 7,8% em um ano.
Já no segmento de futuros — que inclui juros, moedas e mercadorias —houve queda de 26% no volume médio diário, para R$ 5,578 bilhões.
Em paralelo a isso, a receita média por contrato na B3 subiu para R$ 1,638, alta anual de 23,4%.
As novas emissões de renda fixa no mercado de balcão subiram 17,2% na comparação anual, para R$ 1,762 trilhão. O estoque cresceu 25,4%, para R$ 7,576 trilhões.
B3: BofA vê desaceleração de receitas e volume em setembro
Os dados operacionais divulgados pela B3 (B3SA3) na quarta-feira (9), apontam, segundo avaliação do BofA (Bank of America), para uma ligeira desaceleração das receitas e um volume médio diário de negociação em linha com as estimativas.
Conforme os analistas do banco, o crescimento das receitas da B3 foi pressionado, sobretudo, pelo mercado à vista de ações, ao passo que o crescimento do faturamento de financiamento e do mercado de balcão deverá continuar a um ritmo forte.
Mario Pierry e Antonio Ruette, analistas que assinaram o relatório do BofA, destacaram que o volume médio diário de negociação de ações na B3 ficou em linha com as estimativas, em R$ 23,3 bilhões, em um reflexo do ambiente de taxas de juros mais altas por mais tempo, segundo o “E-Investidor”.
No decorrer do terceiro trimestre, o volume implicou velocidade de giro de 126%, inferior aos 134% do segundo trimestre e do terceiro trimestre de 2023.
Além disso, o BofA também indicou que a receita por contrato seguiu relativamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior em R$ 1,48.
Diante desse quadro, os números implicam em um lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão e Ebitda de R$ 1,7 bilhão, que também vieram alinhados às expectativas.
“Os dados mostram que a B3 conseguiu diversificar com sucesso suas fontes de receita para o mercado de balcão e infraestrutura para financiamento, no entanto, as perspectivas de um ambiente de taxas mais altas por mais tempo devem continuar a pressionar o volume médio diário de ações e, consequentemente, o crescimento da receita total”, concluíram os profissionais.