Reduz preço-alvo

B3 (B3SA3): XP revisa projeções por cenário macro e balanço do 2T

Vinda de concorrentes como a abertura da futura bolsa do Rio de Janeiro está entre os riscos elencados para o papel

B3
B3 / Reprodução

A deterioração do cenário macroeconômico e a cautela com aspectos estruturais de longo prazo, além da possível entrada de concorrentes, levaram a XP a revisar suas previsões para a B3 (B3SA3).

Os analistas Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre ajustaram suas estimativas para o volume médio de negociações diárias (ADTV) e reduziram o preço-alvo de R$ 16,00 para R$ 14,00. A recomendação foi mantida em neutra.

A última atualização sobre a companhia foi em dezembro de 2023. Desde então, os analistas observaram uma deterioração no cenário macroeconômico, o que sugere que o elevado nível de atividade no mercado de capitais pode não se sustentar no segundo semestre de 2024.

Embora o relatório reconheça a resiliência da B3 nos últimos trimestres, a principal métrica, ADTV, apresentou uma queda de aproximadamente 9% no semestre em relação ao 1S23. Na prática, isso sugere que a tendência negativa no setor ainda persiste.

Apesar de dados positivos em derivativos e renda fixa, esses segmentos, que representam cerca de 15% da receita, não têm peso suficiente para impulsionar significativamente as ações.

Novos produtos da B3

Da mesma forma, os novos produtos, como BDRs, ETFs, derivativos e futuros de criptoativos, embora tragam diversificação e resiliência ao negócio, não são vistos como fatores decisivos pelos analistas.

“Essas adições fornecem diversificação e resiliência adicionais ao negócio. Embora essas iniciativas tenham ajudado a B3 em tempos difíceis, elas não mudam o jogo em um cenário de risco”, afirmam os analistas.

O relatório ressalta que o impacto dos custos associados à aquisição de empresas como Neoway e Neurotech está diminuindo, graças à rentabilidade dessas aquisições. Além disso, prevê-se um retorno de um dígito para o final de 2025, alinhado com a taxa de pagamento de 110%.

Entre os riscos relacionados aos concorrentes, a XP destaca a possível ameaça competitiva representada pela chegada de novos players, como a ATG/Mubadala (que está desenvolvendo a futura bolsa do Rio de Janeiro), a CSD, a CERC e outros.

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