Os dados operacionais divulgados pela B3 (B3SA3) na quarta-feira (9), apontam, segundo avaliação do BofA (Bank of America), para uma ligeira desaceleração das receitas e um volume médio diário de negociação em linha com as estimativas.
Conforme os analistas do banco, o crescimento das receitas da B3 foi pressionado, sobretudo, pelo mercado à vista de ações, ao passo que o crescimento do faturamento de financiamento e do mercado de balcão deverá continuar a um ritmo forte.
Mario Pierry e Antonio Ruette, analistas que assinaram o relatório do BofA, destacaram que o volume médio diário de negociação de ações na B3 ficou em linha com as estimativas, em R$ 23,3 bilhões, em um reflexo do ambiente de taxas de juros mais altas por mais tempo, segundo o “E-Investidor”.
No decorrer do terceiro trimestre, o volume implicou velocidade de giro de 126%, inferior aos 134% do segundo trimestre e do terceiro trimestre de 2023.
Além disso, o BofA também indicou que a receita por contrato seguiu relativamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior em R$ 1,48.
Diante desse quadro, os números implicam em um lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão e Ebitda de R$ 1,7 bilhão, que também vieram alinhados às expectativas.
“Os dados mostram que a B3 conseguiu diversificar com sucesso suas fontes de receita para o mercado de balcão e infraestrutura para financiamento, no entanto, as perspectivas de um ambiente de taxas mais altas por mais tempo devem continuar a pressionar o volume médio diário de ações e, consequentemente, o crescimento da receita total”, concluíram os profissionais.
A recomendação do BofA para os papéis da B3 (B3SA3) segue como neutra, com preço-alvo de R$ 13, o que representa um potencial de valorização de 21,7% sobre o fechamento de quarta-feira (9).
B3 (B3SA3) amplia horário a partir de 4 de novembro
A partir de 4 de novembro de 2024, os horários de negociação no mercado de bolsa e balcão organizado da B3 (B3SA3) serão ajustados devido ao término do horário de verão nos EUA. A operadora da Bolsa divulgou a mudança em ofício publicado em 9 de outubro.
Com a alteração, o fechamento dos mercados à vista e fracionário será prorrogado para 17h55, enquanto atualmente ocorre às 17h. Essas mudanças, motivadas pela adaptação ao horário de verão norte-americano, entrarão em vigor a partir da data mencionada.
No mercado a termo, as negociações ocorrerão das 10h às 18h25, e o mercado de opções funcionará das 10h05 às 17h55.
No mercado de derivativos, os horários de negociação variam conforme o ativo. Para contratos futuros, opções e operações estruturadas com base em commodities, o novo horário será das 9h às 16h ou 16h20, dependendo do ativo.
Já para contratos futuros, opções e operações estruturadas baseadas em índices de ações, as negociações terão início às 9h, com encerramento entre 18h e 18h30, de acordo com o ativo. No caso de contratos futuros, opções e operações estruturadas referenciadas no dólar comercial, o horário será das 9h às 18h30.
“Essas alterações ocorrem durante o início e o fim do horário de verão americano para que o investidor possa acompanhar o funcionamento do mercado sem que haja qualquer lacuna envolvendo as negociações”, explica a B3.