Em 2024

B3: captações no mercado de dívida podem passar de R$ 500 bi, diz CEO 

Para CEO da B3, o alcance dessa marca é reflexo da consolidação do mercado vista nos últimos meses, que deve continuar nos próximos anos

B3
B3 / Reprodução

De acordo com Gilson Finkelsztain, diretor-presidente da B3, as emissões de dívida corporativa podem ultrapassar R$ 500 bilhões neste ano. Ele acredita que esse marco reflete a consolidação do mercado observada nos últimos meses, tendência que deve se manter nos próximos anos.

“Teremos anos ainda muito prósperos para dívida”, afirmou.

“Era muito comum há dez anos uma limitação das fontes de captação. Quando uma empresa queria partir para dívida, a possibilidade era emitir lá fora. Temos motivos para comemorar porque estamos vendo claramente o mercado de dívida local se desenvolvendo”, afirmou Finkelsztain durante evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP) para diretores financeiros.

O mercado de dívida está seguindo uma tendência oposta ao mercado de ações, pelo menos no que diz respeito a novas operações. A última oferta pública inicial de ações (IPO) ocorreu em 2021. Desde então, apenas ofertas subsequentes, conhecidas como “follow-ons“, foram realizadas.

Sobre essa questão, Finkelsztain observou que a ausência de IPOs é um problema global, e não restrito ao Brasil.

“O mercado de equity combina pouco com incerteza e entramos em 2024 com muitas incertezas”, disse, esperando por uma retomada em 2025. Muitas empresas estão super preparadas para ir ao mercado.”

B3 lançará Ibovespa ampliado com BDRs de XP, Nubank e outros 

O Ibovespa B3 BR+, novo índice amplo de ações da B3, vai combinar os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de empresas brasileiras com a carteira do Ibovespa, o principal indicador da Bolsa brasileira. 

Este portfólio com 90 empresas será disponibilizado na segunda-feira (12), no entanto, a B3 adiantou que a primeira versão será composta pelos BDRs de Nubank (ROXO34)XP (XPBR31)Stone (STOC31)PagSeguro (PAGS34) e Inter (INBR32)

Da mesma forma que acontece com o Ibovespa, a carteira será revisada sempre em janeiro, maio e setembro.

Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3, afirmou que a decisão de desenvolver um índice amplo com BDRs apareceu a partir de conversas com o mercado nos últimos dois anos, de acordo com o “Valor”.

“Fizemos um processo formal de coleta de informações, comentários sobre a necessidade e sobre a tempestividade que influenciaram o processo de estruturação do índice e também o timing de lançamento”, comentou Cavalheiro.

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