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B3 divulga última prévia do Ibovespa de janeiro a abril de 2024

Carteira teórica conta com 87 ativos; composição oficial será divulgada no dia 2 de janeiro e vale até 3 de maio

A B3 divulgou ao mercado, nesta quarta-feira (27) a terceira e última prévia do Ibovespa para o período de janeiro a abril de 2024. A carteira inclui 87 ações de 84 empresas brasileiras. No entanto, a composição oficial será divulgada em 2 de janeiro, entrando em vigor e permanecendo válida até 3 de maio.

Na última prévia, a B3 confirmou a inclusão da ação preferencial da Cteep (TRPL4) com peso de 0,444% e a manutenção do papel das Casas Bahia (BHIA3). O ativo havia sido excluído na primeira versão da prévia, mas retornou na segunda, após a empresa realizar grupamento das ações com o propósito de permanecer no índice.

Os cinco ativos com maior representatividade na composição do índice na terceira prévia são: Vale ON (14,126%); Petrobras PN (7,484%); Itaú Unibanco PN (7,094%); Petrobras ON (4,096%); e Bradesco PN (3,814%).

Dividendos de empresas da B3 caem 45% em 2023

Em 2023, houve uma significativa queda no volume de dividendos pagos aos acionistas das empresas listadas na B3, a bolsa brasileira, em comparação com o ano anterior. O montante diminuiu de R$ 225,8 bilhões para R$ 123,6 bilhões, marcando um declínio de 45%. Além disso, o tempo de espera pelo recebimento dos proventos também se prolongou, aumentando de 63 dias, no ano anterior, para 84 dias, em média. Esses dados foram compilados pela Meu Dividendo, uma plataforma de antecipação de proventos, considerando o período de pagamento entre 1º de janeiro e 31 de dezembro.

No entanto, houve um aumento de 11% no pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), atingindo quase R$ 100 bilhões. Apesar disso, a distribuição total de proventos, incluindo dividendos, JCP e outros, apresentou uma queda de 30%, totalizando R$ 224,2 bilhões.

A redução nos pagamentos está relacionada, principalmente, à diminuição na distribuição de lucros por grandes empresas da bolsa, como Vale e Petrobras. No ano anterior, essas empresas foram responsáveis por quase metade do montante pago aos acionistas, mas em 2023, embora ainda representassem 41% do total, sua contribuição foi menor. O cenário de incerteza levou as empresas a adotarem uma postura mais cautelosa, preferindo manter capital em reserva em vez de distribuí-lo entre os investidores.

Os dividendos representam a parcela dos lucros das empresas distribuída aos acionistas, e essa remuneração é vista como uma fonte de renda mais estável, mesmo em períodos de queda das ações. Além disso, os dividendos são isentos de Imposto de Renda, tornando-se um foco crescente para investidores brasileiros.

Portanto, tanto a redução no valor distribuído quanto o período prolongado para recebimento representam notícias desfavoráveis para investidores desse perfil, seja para reinvestimento ou para outras finalidades, como consumo.