Proventos

B3: empresas pagam recorde de R$ 77 bi em dividendos no 1TRI24

A Petrobras (PETR4) liderou esse cenário, distribuindo R$ 17,89 bilhões em proventos durante o período

B3
B3 tem valor recorde na distribuiçãop de dividendos (Foto: Divulgação)

Empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira, a B3, distribuíram um total recorde de R$ 76,68 bilhões em proventos durante o primeiro trimestre de 2024, de acordo com dados da plataforma Meu Dividendo. Este levantamento abrange o que foi pago pelas empresas nos primeiros três meses do ano, independentemente de quando os proventos foram anunciados.

Em relação as empresas listadas na B3, a Petrobras (PETR4) liderou esse cenário, distribuindo R$ 17,89 bilhões em proventos durante o período. No entanto, enfrenta incertezas futuras após anunciar a retenção de dividendos extraordinários. Mesmo assim, a Petrobras pagou 28% a mais em proventos de janeiro a março de 2024 do que no mesmo período do ano anterior.

O Itaú Unibanco (ITAUB4) seguiu de perto, distribuindo R$ 16,62 bilhões aos acionistas, representando um aumento de 204% em relação ao ano anterior, conforme informado pela B3. A Vale (VALE3) ficou em terceiro lugar, com um pagamento de R$ 12,43 bilhões, um aumento de 29% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

A Itaúsa ocupou o quarto lugar, distribuindo R$ 6,46 bilhões em proventos, um aumento de 235% em relação ao ano anterior. Banco do Brasil (BBAS3) e Santander Brasil (sanb11) também tiveram aumentos, pagando R$ 3,6 bilhões e R$ 3,01 bilhões em dividendos, respectivamente.

Por outro lado, a BB Seguridade (BBSE3) registrou uma queda de 33% nos proventos pagos, totalizando R$ 2,52 bilhões. A WEG (WEGE3) distribuiu R$ 1,8 bilhão em dividendos, um aumento de 32%.

B3: mudanla no modelo de pagamento

Apesar do aumento geral nos valores distribuídos, houve uma mudança no modelo de pagamento na B3. O percentual de proventos pagos na forma de JCP (juros sobre capital próprio) recuou para 39% do total, em comparação com os 42% registrados no mesmo período de 2023.

“Ao que tudo indica, essa queda na proporção de JCP versus dividendos é momentânea. Isso porque é comum, na apresentação de seus informes de encerramento anual, que as empresas anunciem a distribuição de dividendos para seus acionistas, compartilhando assim, parte dos lucros auferidos ao longo do ano anterior”, afirma Wendell Finotti, CEO da plataforma Meu Dividendo, em nota.

O prazo médio de pagamento dos proventos no primeiro trimestre de 2024 na B3 permaneceu elevado, o que representa uma desvalorização significativa dos montantes em um período de juros altos.

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