Capital externo

B3: estrangeiros sacam mais R$ 645 mi em 12 de abril

O acumulado de 2024, a retirada é de cerca de R$ 23,5 bi, pior desde 2008

B3 registra mais um saque consideravel dos estrangeiros (Foto: unsplash)
B3 registra mais um saque consideravel dos estrangeiros (Foto: unsplash)

No dia 12 de abril, os investidores estrangeiros retiraram R$ 645,0 milhões do mercado secundário da B3 (ações já listadas), coincidindo com a queda de 1,14% do Ibovespa nesse dia. 

Com isso, o saldo negativo mensal para essa categoria atingiu R$ 3,35 bilhões, enquanto o saldo negativo anual totalizou R$ 26,25 bilhões.

Ao mesmo tempo, os investidores institucionais retiraram R$ 348,5 milhões no mesmo período. 

Isso resultou em um saldo negativo mensal de R$ 935,4 milhões para esse grupo, embora o saldo anual ainda se mantenha positivo, em R$ 614,8 milhões.

Por outro lado, os investidores individuais aportaram R$ 583,3 milhões no mesmo dia, gerando um saldo positivo mensal de R$ 2,41 bilhões e um superávit anual de R$ 15,05 bilhões, de acordo com dados divulgados pela B3.

O acumulado de 2024, a retirada é de cerca de R$ 23,5 bilhões, é o pior da série histórica desde 2008, segundo os dados da Necton.

XP (XPBR31): dados de ações à vista da B3 tem pior março desde 2019

Através de relatório divulgado nesta terça-feira (16), a XP (XPBR31) demonstrou frustação diante dos dados operacionais da B3 referentes a março. O ADTV (volume médio diário de negociação) para ações à vista encerrou em R$ 24,6 bilhões – pior resultado para o mês desde 2019.

O ADTV para ações à vista anual recuou 7,2%, enquanto, mensalmente, a queda foi de 5,6%. Do lado da renda fixa, as novas emissões caíram 12,9% ante março de 2023, mas aumentaram 7,2% em relação à fevereiro de 2024.

Já o estoque manteve seu forte ritmo, subindo 15,5% anualmente. Com isso, a XP (XPBR31) reitera uma visão conservadora para a B3, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 16,00, o que representa um potencial de valorização de 39,3% sobre o fechamento de segunda-feira (15).

“De modo geral, ainda esperamos uma atividade mais aquecida para os mercados de capitais no segundo semestre de 2024, à medida que o cenário macroeconômico se torna mais favorável e ocorrem cortes nas taxas de juros. No entanto, não vemos nenhum gatilho no curto prazo para as ações”, afirmam os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães, e Rafael Nobre, em relatório enviado a clientes.