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Banco Central: Senadores aprovam estado de greve geral

O sindicato sinaliza que uma nova assembleia vai decidir pela entrada de fato dos profissionais no movimento grevista

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) anunciou na quarta-feira (20) que a assembleia dos servidores aprovou o “Estado de Greve Geral” no órgão. O sindicato indica que uma próxima assembleia será convocada para decidir sobre a efetiva adesão dos profissionais ao movimento grevista.

“Essa decisão é uma resposta à análise do texto aprovado da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e das mudanças solicitadas para a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024. Os auditores fiscais da Receita Federal e a Polícia Federal obtiveram concessões no referido texto e podem receber propostas salariais do governo nos próximos dias, enquanto os funcionários do Banco Central foram excluídos dessas possibilidades”, afirmou o sindicato em nota.

No ano passado, a categoria chegou a interromper suas atividades por 90 dias em busca de reajuste salarial e reestruturação da carreira, sem obter resultados satisfatórios junto ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Neste ano, a regulamentação da lei referente aos bônus de produtividade dos auditores fiscais da Receita Federal em junho intensificou a insatisfação dos funcionários do BC. Eles contam com o apoio público não apenas de Campos Neto, mas também dos demais diretores da instituição.

Em operação-padrão desde julho, o movimento já impactou várias divulgações estatísticas da autoridade monetária, e as instituições financeiras já estão enfrentando atrasos nos processos junto ao órgão regulador.

Impactos da greve

Segundo o Sinal, a transição para uma greve geral pode afetar a operação contínua do Pix, apresentando riscos à continuidade dos serviços. Além disso, a paralisação também terá impacto na conclusão de projetos em andamento, como o Drex, na supervisão de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo, e na regulamentação de ativos virtuais, que entrou em consulta pública na última semana.

Apesar de o governo Lula ter autorizado o primeiro concurso para o Banco Central desde 2013, com 100 vagas, a categoria busca uma reestruturação da carreira antes da realização do certame. Além do bônus produtividade, os funcionários da autoridade monetária pleiteiam a elevação do requisito educacional para o cargo de técnico na autarquia para nível superior, e a mudança na nomenclatura do cargo de analista para auditor.