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Banco do Brasil (BBAS3): BBI corta recomendação de compra

O BBI ainda cortou o preço-alvo do Banco do Brasil para R$ 59,00

O Banco do Brasil (BBAS3) teve sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo Bradesco BBI (BBDC4). Além disso, a instituição financeira cortou o preço-alvo da estatal de R$ 60,00 para R$ 59,00.

Em relatório, os analistas do BBI escreveram que o Banco do Brasil tem enfrentado incertezas crescentes. Por conta disso, o Bradesco promoveu uma redução média de 4% das estimativas de lucro líquido para 2024 e 2025, combinado com uma margem de segurança mais estreita.

Na visão dos analistas, a instituição financeira precisa de tempo para fazer uma pausa, pois quatro dos seus principais impulsionadores de valor podem estar em risco à medida, tais como i) Banco Patagonia, ii) empréstimos rurais, iii) o seu rácio de pagamento, e iv) receitas de serviços.

Segundo o BBI, o Banco Patagônia aumentou sua representação no lucro líquido do Banco do Brasil para cerca de 10% e agora apresenta riscos dependendo das novas políticas macroeconômicas na Argentina, por exemplo.

Para finalizar, o Bradesco destacou que após a alta acumulada de 68% no ano, a ação do Banco do Brasil está sendo negociada a 0,9 vez Preço/Valor Patrimonial e 4,0 vezes Preço/Lucro.

Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro ajustado de R$ 8,79 bi no 3T23

Banco do Brasil (BBAS3) divulgou em 8 de novembro seu balanço do terceiro trimestre de 2023. A estatal reportou lucro líquido ajustado de R$ 8,785 bilhões, alta de 4,5% em relação ao mesmo período de 2022.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do BB ficou em 21,3% entre julho e setembro de 2023, uma queda de 0,6 ponto percentual na comparação anual.

No terceiro trimestre, o maior avanço ocorreu no segmento de agronegócio, com a carteira chegando a R$ 339,937 bilhões, alta anual de 18,9%. A carteira de pessoa física subiu 7,9%, para R$ 304,147 bilhões, e a de empresas, para R$ 371,447 bilhões, variação positiva de 4,7%.

Já a taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) chegou a 2,81% no terceiro trimestre, alta de 0,47 ponto percentual na comparação ano a ano.

Segundo o BB, as provisões para devedores duvidosos, por sua vez, somaram R$ 7,5 bilhões, alta de 66,4% na comparação com o terceiro trimestre de 2022.