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Banco do Brasil (BBAS3): BTG vê ação valorizando 46%

Em relatório recente, o BTG Pactual também recomendou a compra das ações do Banco do Brasil e falou das estimativas de lucro

Foto: Divulgação
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Em revisão para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), o BTG Pactual (BPAC11) elevou o preço-alvo dos papéis, que passaram de R$34 para R$35, o que representa um potencial de valorização de 46% considerando os dividendos. 

O relatório foi divulgado nesta quinta-feira (23) e também apresenta uma recomendação de compra para o Banco do Brasil. As estimativas de lucro por ação para 2025 e 2026 foram revisadas para cima, com uma média em 6,5%. 

A projeção atual do BTG é que o banco tenha um lucro líquido de R$40 bilhões para o ano fiscal de 2025, um aumento anual de 6%, patamar 3% superior ao estimado pelo consenso de mercado.

Além disso, no documento, os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura demonstram maior otimismo com as ações. A tendência do Banco do Brasil deve divergir de seus pares do setor, no entanto, com NPLs sob pressão devido à carteira agro.

O Banco do Brasil deve fechar 2024 mais próximo do limite superior do seu guidance de provisões, mas elas tendem a ser estabilizadas neste ano, de acordo com o “Investing.com”.

“O recente ciclo de baixa do agronegócio esteve ligado à queda dos preços das commodities, causando desafios de liquidez para os produtores. No entanto, os produtores já estão se adaptando a essa nova realidade”, consta no relatório do BTG.

Espera-se que os empréstimos tenham uma expansão de 10% este ano, acima dos patamares dos pares privados, que ficariam entre 6% e 7%. O impulso para isso seria o agronegócio e mesmo com desaceleração nos empréstimos não consignados e os cartões de crédito.

“Uma taxa Selic mais elevada, volumes mais fortes e uma melhoria na qualidade dos ativos ao longo do ano nos tornam mais otimistas em relação às ações na margem, particularmente em comparação com alguns meses atrás”, ressaltaram os analistas.

Banco do Brasil (BBAS3): BBA fala de cautela apesar de dividendos

Em relatório divulgado recentemente, o Itaú BBA declarou estar cauteloso com o Banco do Brasil (BBAS3), mesmo considerando o dividend yield atraente da companhia.

Entre os pontos positivos, os analistas afirmaram que o banco provavelmente apresentará o crescimento mais resiliente das carteiras de empréstimos, com avanço de 10% na comparação anual.

O NII (margem financeira líquida) total deve aumentar 14% na mesma base comparativa, beneficiado pela expansão da participação de mercado e pelos spreads de depósitos.

Contudo, o relatório também aponta que, entre os aspectos negativos, o custo de crédito do Banco do Brasil deve se manter alto, pressionando os lucros.

“O aumento da carteira renegociada em todos os segmentos criou um impacto negativo na relação entre NPLs (inadimplência) e provisões. A adoção das provisões de perda esperada provavelmente também pressionará os custos de crédito”, disse o BBA, de acordo com o Suno.