Alta de 8,2%

Banco do Brasil (BBAS3) espera lucrar até R$ 41 bilhões em 2025

As expectativas para este ano são de uma margem financeira bruta entre R$ 111 bilhões e R$ 115 bilhões

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Banco do Brasil/Foto: divulgação

O Banco do Brasil (BBAS3) projeta um lucro líquido ajustado de R$ 37 bilhões a R$ 41 bilhões em 2025, como divulgou a instituição nesta quarta-feira (19). Dessa forma, é possível que o resultado tenha uma queda de até 2,4% em relação a 2024, com R$ 37,9 bilhões, ou uma alta de até 8,2%.

As expectativas para este ano são de uma margem financeira bruta entre R$ 111 bilhões e R$ 115 bilhões (altas de 6,8% e 10,7%, respectivamente). Já em relação à receita com prestação de serviços, o banco prevê de R$ 34,5 bilhões a R$ 36,5 bilhões (entre queda de 2,8% e alta de 2,8%).

Enquanto isso, a previsão para as despesas com provisões contra a inadimplência vai de R$ 38 bilhões e R$ 42 bilhões, o que representa alta em relação ao ano passado, com R$ 35,7 bilhões. Por suas vez, as despesas administrativas têm projeções entre R$ 38,5 bilhões e R$ 40 bilhões (alta de 4,1% a 8,1%).

Em 2024, o banco teve um crescimento em sua carteira de crédito de 15,3%. Em 2025, o Banco do Brasil espera uma alta de 5,5% a 9,5%, impulsionada pelo setor de pessoas físicas, que deve ter alta de 7% e 11%. Enquanto isso, a carteira de empresas deve subir entre 4% a 8%. Já para o agronegócio, a expectativa é de uma alta de 5% a 9%.

Banco do Brasil (BBAS3): expectativas para o cenário agro ‘são melhores’, diz CEO

A CEO do Banco do Brasil, ou BB (BBAS3), Tarciana Medeiros, afirmou nesta quinta-feira (20) que a instituição trabalha com a expectativa de que o risco de crédito no agronegócio se acomode ao longo do ano.

“O cenário do agro é algo cíclico. Para 2025, nossas expectativas são melhores. Ao longo do ano, acreditamos que o risco de crédito no setor deve se estabilizar”, disse a executiva do BB (BBAS3).

Medeiros destacou que há componentes nos resultados do banco que indicam uma melhora gradual ao longo do ano. “Temos adotado medidas para que essa recuperação ocorra”, afirmou, segundo o InfoMoney.

Ela também comentou que, em 2024, já era esperado um aumento na pressão sobre a carteira de crédito do agronegócio. “Se tudo tivesse ocorrido conforme prevíamos e sem os pedidos de recuperação judicial (RJ), a inadimplência estaria dentro do esperado”, disse.

A CEO revelou que o banco fechou o ano com 270 clientes em recuperação judicial, um número elevado, especialmente devido ao movimento registrado no terceiro trimestre de 2024. “Foi um impacto concentrado no atacado e, atualmente, não temos novos casos relevantes de RJ”, destacou.

“Seguimos com um trabalho forte de orientação e consultoria para apoiar nossos clientes nas negociações. Nosso objetivo é atuar como parceiros nesse momento desafiador, o que tem impulsionado o crescimento da carteira renegociada”, concluiu.