O Brasil oficializou, durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Marrakesh, no Marrocos, um empréstimo de US$ 1 bilhão do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) ou Banco do Brics.
Nesse sentido, o financiamento faz parte do programa lançado pelo NBD em 2020, em resposta à pandemia de Covid-19. A iniciativa destinou uma linha de crédito de US$ 2 bilhões para cada país membro. Até o presente momento, o Brasil utilizou metade desse montante, com um período de pagamento estabelecido em 30 anos.
Na cerimônia de assinatura do contrato, a presidente do NBD, Dilma Rousseff, destacou seus esforços para garantir que o Brasil pudesse acessar o financiamento sob as mesmas condições vigentes quando o programa foi lançado. Dado o aumento das taxas de juros e dos custos de captação, a atual negociação é vantajosa para o Brasil.
Na composição essencial do NBD, estão países como o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A lista de membros foi expandida com a adesão de Bangladesh e Emirados Árabes Unidos em 2021, bem como do Egito em 2023. O Uruguai é considerado um futuro potencial membro do banco.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a proximidade entre o Brasil e o NBD desde que Dilma assumiu a presidência. Atualmente, o banco está envolvido em 24 projetos no Brasil, totalizando US$ 6,3 bilhões, sendo que até o momento apenas um montante inferior a US$ 2 bilhões foi efetivamente liberado.
Empréstimo aos estados
Além disso, o NBD deu o aval para um financiamento de US$ 84 milhões para Aracaju, em Sergipe. Estes recursos serão direcionados para aprimoramentos na infraestrutura, com ênfase em projetos de saneamento, mobilidade e ações de prevenção de desastres ambientais. A garantia para esse empréstimo é fornecida pelo governo brasileiro.
No começo deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma tentativa de facilitar uma transação de crédito entre o NBD e a Argentina. No entanto, o acordo não foi efetivado devido a obstáculos e resistências dentro do bloco.